Carlos Pessuto/Futura Press | ||
Elize Ramos Kitano Matsunaga, 38, afirmou em depoimento nesta
quarta-feira que matou o marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42, após uma
discussão conjugal por conta de uma infidelidade que teria sido
descoberta por ela. Ele era diretor-executivo da Yoki e foi encontrado
esquartejado no fim do mês passado. A mulher presta depoimento desde as 11h30. Segundo a polícia, ela
afirmou também que foi agredida por Matsunaga antes do crime e que agiu
sozinha. O rastreamento do celular mostra que a mulher esteve na região
onde partes do corpo da vítima foram deixadas. Apesar disso, a polícia ainda investiga o marido de uma empregada de Elize sob suspeita de ter ajudado a desovar o corpo. "Ela disse que não teve a ajuda de ninguém e que fez tudo sozinha, mas
nós vamos checar todo esse depoimento. A investigação ainda não está
terminada", afirmou o delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP.
Uma testemunha de Cotia --local onde foi desovado o corpo-- diz ter
visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura,
jogou os sacos plásticos azuis onde estavam pedaços do corpo do
executivo.
Essa é a primeira vez que Elize, que é bacharel em direito, é ouvida
desde o crime. Até então, ela negava qualquer envolvimento na morte do
marido. Elize afirmou que após atirar na cabeça do executivo, arrastou o corpo
até o banheiro da empregada onde fez o esquartejamento. Partes do corpo
foram armazenados nos refrigeradores do apartamento onde o casal morava. As três malas que aparecem com ela em imagens das câmeras de segurança
do prédio foram usadas para fazer o transporte do corpo até o local onde
foi feita a desova --na Grande SP, segundo depoimento. As malas estão
sendo procuradas pela polícia, segundo Carrasco. A arma usada no crime é uma pistola automática calibre 380 e foi
encaminhada para a perícia. A polícia inicialmente disse que era uma
arma calibre 7.65, mas corrigiu a informação. Durante o depoimento, Elize disse que usou várias facas para esquartejar
o corpo do marido. As facas do crime serão entregues para a polícia, de
acordo com Carrasco. O empresário havia desaparecido no dia 20 de maio. No dia seguinte, o
primeiro pedaço de corpo foi encontrado. A última parte a ser achada foi
a cabeça, que permitiu que o reconhecimento da vítima fosse feito pelo
seu irmão no dia 28. Elize está presa desde a noite de segunda-feira (4). Nesta quarta, a prisão foi prorrogada por mais 30 dias.
Publicado no UOL
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