segunda-feira, 30 de setembro de 2019

PGR inquiriu STF sobre busca e apreensão a Janot

PGR pediu informações ao Supremo após Janot ser alvo de busca e apreensão.
 Foto: José Cruz/Agência Senado
Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima


Apesar de ter classificado como inaceitáveis as declarações de Rodrigo Janot, que afirmou ter entrado no Supremo com uma arma para matar o ministro Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Augusto Aras, viu com reservas a ordem de busca e apreensão em endereços do ex-colega de carreira, na sexta (27). “Tão logo tomou conhecimento, o doutor Aras preocupou-se muito e procurou obter informações junto ao tribunal”, narra o secretário-geral do órgão, Eitel Santiago (foto).
Santiago classifica a fala de Janot como “desequilibrada”, mas questiona a busca e apreensão. “Ali havia apenas o relato de um fato do passado, sem a atualidade necessária para esta providência”, diz o secretário-geral do Ministério Público da União.
“Não vou fazer críticas à atuação de ministros, mas penso que, se eu fosse um deles, e um tema dessa natureza chegasse às minhas mãos, eu cuidaria de pedir uma apuração preliminar nos órgãos encarregados das investigações”, diz.
Santiago comanda a área administrativa e orçamentária do MPF. Ele está levantando atos de Raquel Dodge, a antecessora de Aras, que tenham impacto no atual gestão. Diz que revogará boa parte, exceto nomeações que sejam fruto de eleições internas. “Ele não veio para criar problema e nem demagogia.”
Criticado por ter concorrido a deputado pelo Progressistas da Paraíba, em 2018, Santiago se desligou da sigla semana passada.

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