quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Não adianta a matilha uivar, Dallagnol está perdido



POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Até vídeo de um suposto encontro do presidente do Supremo Tribunal Federal , Dias Toffoli com alguém que é identificado como o jornalista Glenn Greenwald ( e, claro, não é, mas o desembargador Walter Piva Rodrigues, do TJ/SP) os lavajateiros estão pondo para circular nas redes sociais.

É o desespero de quem se viu atropelado pela revelação da conspiração da República de Curitiba para derrubar Gilmar Mendes ( e o próprio Dia Toffoli) do STF e que selou, definitivamente, o afastamento de Deltan Dallagnol da Força Tarefa, não importa o que se faça para adiar o inevitável.

Mendes -para seus padrões – reagiu com relativa moderação às revelações, repetindo que a Força Tarefa se tornou uma “organização criminosa” e que não se surpreenderia se os promotores “tivessem aberto uma conta em meu nome na Suiça”, para incriminá-lo. E, então, segundo o site jurídico Jota, falou a frase mais importante: “imagina o que não fizeram nas delações, nas combinações sobre delações”.

Aí está a “obra” de Dallagnol e sua turma: a credibilidade de tudo o que foi apurado, agora, está em xeque, pelo que se mostraram capazes de fazer para alcançar seus objetivos.

A Veja fala em “clima de funeral” na sede da Lava Jato em Curitiba.

O que os “minions” não conseguem compreender que a questão não é ter simpatia ou não por Gilmar Mendes e nem sequer o julgamento sobre seu comportamento, mas a prova inequívoca de que os promotores da Lava Jato não apenas descumpriam a lei e suas reservas de poder como, jocosamente, debochavam disso.

Salvo na insensatez absoluta, não vão achar quem os defenda, agora que nem sequer dúvidas restam de que os diálogos são verdadeiros.

Pior ainda, com a proximidade (e a promiscuidade) entre Dallagnol e o então juiz, o efeito de sua queda é o de um pino de boliche ao lado de Sergio Moro.

Amanhã ou depois, certamente, mais aparecerá, na bem sucedida estratégia de publicação que o The Intercept e seus parceiros seguem, necessária num país onde as indignações éticas da mídia e da Justiça chegaram a um pavoroso entorpecimento que ainda enfrentamos.

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