A senha de que ela estava próxima foi dada por Carlos Bolsonaro no Twitter
Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
A queda do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo já era esperada há mais de um mês pelas principais lideranças do Congresso e por integrantes do governo.
A senha de que ela estava próxima foi dada por Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, em uma mensagem no seu perfil do Twitter.
No último domingo (9) Carlos escreveu: “Aonde (sic) estão os ‘super generais’ para defender o presidente de mais um ataque”, referindo-se à resistência para a aprovação do projeto que abria crédito extra de R$ 248 bilhões para o governo.
Carlos foi além e disse que, para “fazer cartinha atacando quem sempre nos ajudou”, os generais eram “rápidos”.
Em uma das crises envolvendo Santos Cruz, em maio, o general Alberto Villas Boas, ex-comandante do Exército e assessor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), postou uma carta no Twitter atacando Olavo de Carvalho (guru de Jair e Carlos Bolsonaro), que por sua vez atacava Santos Cruz.
A aposta é de que o próximo a ser demitido é o general Floriano Peixoto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Ele é muito ligado a Santos Cruz.
O cargo ocupado por Santos Cruz já era um dos mais esvaziados do governo. Ele cuidava da articulação política. “Como ela não existe, isso e nada é a mesma coisa”, diz uma das principais lideranças do Congresso.
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