FERNANDO BRITO no Tijolaço
Os resultados da pesquisa Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores, mostram que será “uma pedreira” conseguir os votos para a aprovação dos pontos centrais da proposta apesentada pelo Governo.
Embora a pesquisa mostre uma rejeição de 65% à reforma como um todo –
26% são a favor do texto da reforma e 9% não souberam ou não quiseram responder -, é quando seu conteúdo é questionado diretamente que são maiores os níveis de reprovação.
A idade mínima absoluta – hoje ela se articula com o tempo de contribuição – é recusada por 73% dos entrevistados e aprovada por apenas 19%.
Alcançar o rendimento integral só ao atingir 40 anos de contribuição é ainda mais rejeitado: 81% contra e só 12% favoráveis.
É a maior taxa de recusa, da qual só se aproxima a redução das pensões por morte (que podem ser até menores que o mínimo), rejeitada por 79% dos entrevistados e apoiada por somente 14%.
Mudanças na aposentadoria rural, item que parece já sepultado pela reação do Congresso, alcança 72 de rejeição, contra 19% de aprovação.
Na mesma situação de dificuldade entre os parlamentares, a ideia de mexer com os benefícios de prestação continuada a idosos e deficientes vai a 79% de recusa, contra apenas 13% de aprovação.
Na lista das propostas praticamente natimortas, a capitalização é a menos rejeitada, com 69% contrários e 19% a favor.
O descontentamento com as propostas do governo é maior nas regiões Nordeste e Sudeste e menor na Região Sul. Cresce entre as mulheres e os católicos, embora entre os evangélicos os índices sejam bem ruins. E não há variações significativa quando consideradas faixa etária, renda ou grau de instrução.
A íntegra da pesquisa pode ser vista aqui.
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