Deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da Comissão da Previdência. Foto Joel Rodrigues
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Meio acachapante o placar divulgado agora há pouco pelo Broadcast de levantamento parcial feito pelo insuspeito Estadão na Câmara, segundo o qual 212 deputados declararam que vão votar contra a reforma da Previdência. Só isso já inviabiliza o texto, já que restariam apenas 301 votos do outro lado, entre favoráveis (61), indecisos (87), os que não quiseram responder (57), ausentes declarados (3) e os 87 que não foram localizados.
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Fim de linha para a Previdência? Não. O governo vai continuar fingindo que acredita e trabalhando com todas as forças – toda$ me$mo – para reverter esse quadro até o Natal e dar esse presente ao país. Acima de tudo, é preciso manter o discurso e a esperança do mercado e adjacências de que algum a reforma sai.
Do jeito que as coisas andam, porém, é uma tarefa hercúlea. O fechamento de questão partidária pedido pelo Planalto até agora só encontrou eco no PMDB e no PTB. E a estratégia, divulgada nesta quinta-feira, de reconquistar os “infiéis” que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer devolvendo-lhes os cargos retirados em retaliação tem tudo para dar errado.
No momento, seriam cerca de vinte indicações na máquina federal, algumas de alto escalão, que voltariam às mãos de seus donos originais. O problema agora são os “fiéis”, alguns deles novos proprietários dessas indicações. Vão ficar revoltados por perdê-las, e cheios de razão para cometer agora uma infidelidadezinha na votação da Previdência.
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