247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco
Aurélio Mello, criticou, nesta terça-feira (28) a forma como as delações
premiadas estão sendo feitas no Brasil. Segundo ele, é um retrocesso
prender preventivamente uma pessoa para fragilizá-la e conseguir que
colabore com a Justiça, numa referência clara a Operação Lava-Jato.
"Não sei onde vamos parar, porque hoje prender-se para depois
apurar-se é a tônica. Prende-se até mesmo para fragilizar o homem e se
lograr a delação premiada. Enquanto não delata, não é libertado, se
recorre sucessivamente e fica por isso mesmo. Avança-se culturalmente
assim? Não, é retrocesso. É retrocesso quanto a garantias e franquias
constitucionais. Adentra-se um campo muito perigoso quando se coloca até
mesmo em segundo plano o princípio da não culpabilidade" disse ele
durante sessão da Primeira Turma do STF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário