Como não aderiu ao acordo para
renovação das concessões de energia elétrica, o governo de São Paulo
perderá o direito de explorar a usina de Três Irmãos, uma das mais
importantes do estado; tendência é que o ativo seja privatizado e deixe
de pertencer à Cesp; foi uma boa escolha a do governador Geraldo?
247 - No fim do ano passado, o
governo de São Paulo teve a oportunidade de antecipar a renovação das
concessões de suas usinas hidrelétricas, que estão vencendo, desde que
aderissem ao plano do governo federal para reduzir as tarifas de
energia. O governador Geraldo Alckmin disse não e foi acompanhado,
ainda, pelos governos de Minas Gerais e do Paraná. Segundo Alckmin, uma
discussão técnica não deveria ser politizada.
Aquela oportunidade passou e, a despeito da resistência
tucana, a presidente Dilma conseguiu anunciar uma redução de 18% nas
tarifas de energia, mesmo em São Paulo. Alckmin, por sua vez, ficou com
um pepino nas mãos. Terá agora que devolver ao governo federal a
concessão de Três Irmãos, uma das principais usinas que fazem parte dos
ativos da Cesp.
De acordo com as regras do setor elétrico, o governo
federal poderá leiloar novamente a concessão a investidores públicos ou
privados – a tendência é que a Cesp, por não ter renovado, fique
impedida de participar do novo leilão. Vencerá a disputa o investidor
que oferecer a menor tarifa – ou seja, algo que pode vir a ser ainda
inferior ao que era oferecido na negociação do fim do ano passado.
O governo paulista, por sua vez, tem como ativo a usina em
si, que terá que ser vendida ou arrendada ao futuro dono da concessão.
No governo Alckmin já se fala em privatização e numa possível
arrecadação entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. Mas a Cesp, aos poucos,
será transformada num ovo sem gema, apenas com a casca.
Será que Alckmin e OS TUCANOS fizeram uma boa escolha?
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