AE – O afastamento do PT nas disputas municipais pode antecipar para
2014 o projeto do PSB de lançar o presidente do partido e governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, na corrida pela Presidência da República,
inicialmente previsto para 2018. A tese da candidatura própria já ganhou
novos adeptos no PSB, no embalo do fortalecimento da liderança nacional
de Campos e do rompimento de parcerias estratégicas com o PT no Ceará,
em Pernambuco e em Minas Gerais.
Dirigentes do PSB afirmam que já está em curso o processo de
libertação do PT, que sempre pede apoio, mas resiste a apoiar aliados.
“O resultado das eleições deste ano pode determinar que nossa alforria
ocorra antes de 2018″, prevê otimista o deputado Júlio Delgado (MG), um
dos poucos membros da cúpula socialista que assume de público a queixa
generalizada por conta da resistência dos petistas em apoiar aliados.
Diante deste cenário, expoentes do PT temem os reflexos futuros do
afastamento. O ex-ministro José Dirceu foi um dos que passou recibo da
preocupação com o impacto da reviravolta na capital mineira, onde o PT
saiu da chapa da reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB). “O fim da
aliança em Belo Horizonte, depois de ter ocorrido o mesmo em Recife e
Fortaleza, põe em risco o acordo nacional entre os dois partidos”, disse
Dirceu em artigo postado em seu blog.
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