O governador Eduardo Campos está 99% decidido a lançar um candidato
do PSB à prefeitura do Recife. A reserva de 1% é para a conversa que ele
terá com Lula, em São Paulo, hoje ou amanhã, dependendo da agenda do
ex-presidente. Sabe-se que Lula tem papo para derrubar avião. E na
conversa a dois com o governador de Pernambuco, a quem sempre dispensou o
tratamento de “filho”, poderá demovê-lo do propósito de avalizar um
candidato contra o senador Humberto Costa.
O governador conhece a opinião de todos os líderes da Frente Popular,
cuja maioria é favorável ao candidato do PSB. Nada obstante, se trata
de uma jogada de alto risco. Primeiro, porque isolar o PT nessa disputa é
empurrá-lo para a oposição. Segundo, porque o PSB não preparou com a
antecedência devida um candidato competitivo para enfrentar essa
disputa. Terceiro, porque o PSB não tem vida orgânica na capital
pernambucana. Elegeu apenas dois vereadores na eleição de 2008.
Por último, o lançamento de um candidato do PSB contra o senador
Humberto Costa selará o fim da aliança entre os dois partidos em nível
estadual, o que não talvez não seja bom para a governabilidade. Em todo
caso, o governador deve ter sua própria avaliação sobre o risco que irá
correr numa cidade que, historicamente, costuma rejeitar candidatos a
prefeito patrocinados por governadores. Apoiar Humberto Costa pode não
ser bom para o PSB. Mas, não apoiá-lo, pode ser muito pior.
Fonte: blog do inaldo sampaio
Nenhum comentário:
Postar um comentário