Saiu no Globo,
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Desemprego de jovens cai à metade no
Brasil (de 2003 a 2011, ou seja, no Governo do Nunca Dantes, detalhe que
o Globo omite – PHA), enquanto na Europa beira 50%. Os mais novos
aumentam a escolaridade.”
Fabiana Ribeiro
RIO – A cena clássica que se imagina
quando uma pessoa vai procurar emprego — olhar os classificados, esperar
por entrevistas — não condiz com a história de Leandro Justin. “Não fiz
nem currículo”, conta o professor de inglês de 21 anos. E foi
contratado há algumas semanas pela primeira empresa em que bateu à porta
em busca de trabalho, numa escola de idiomas.
Leandro faz parte de uma juventude
brasileira que, desde 2003, viu o desemprego cair praticamente à metade.
Em 2011, a taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos, nas seis
principais regiões metropolitanas do país, fechou em 13,4% — ainda
elevada, mas bem distante dos 23,4% vistos em 2003. Cenário que
contrasta com o que se nota nos países desenvolvidos, onde a crise
atormenta os jovens europeus com taxas de desemprego próximas a 50%.
— Quem procura encontra trabalho. Pode
não dar muito para escolher. Mas minha opção foi levar dinheiro para
casa. Estou satisfeito — disse Leandro, professor do Brasas.
A percepção de Leandro se observa em
números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Segundo Cimar
Azeredo, gerente da PME, o nível de ocupação dos jovens de 18 e 24 anos
cresceu 11,7% nos últimos oito anos — acima da dos adultos, que aumentou
8,9%. De um lado, o bom momento da economia brasileira nos anos
recentes tornou mais dinâmico o mercado de trabalho, e esse movimento
favoreceu os mais novos também. Por outro, os jovens fizeram a sua parte
e aumentaram a escolaridade. Dados da Pnad de 2009, indicam que mais da
metade desses jovens cursa ou possui nível médio.
— A mão de obra brasileira está mais
qualificada e, por isso, parte em busca de ocupações que exigem mais
formação. Não é à toa que serviços domésticos ficaram mais caros
justamente por falta de gente. Hoje, funções que surgiam por falta de
oportunidade, como emprego doméstico, já não são mais a primeira opção
do jovem que sai da escola. Isso é uma mudança na estrutura do mercado
de trabalho e o jovem, certamente, é um dos protagonistas desse processo
— apontou Azeredo, acrescentando que falta a esse jovem políticas de
inserção no mundo do trabalho. — O pesadelo de terminar uma faculdade, e
ficar sem trabalho, ainda existe.
Fonte: Blog Conversa Afiada
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