Do portal G-1
O secretário
executivo da Secretaria de Defesa Social (SDS), Alessandro Carvalho,
afirmou nesta terça-feira (15) que a principal linha de investigação da
polícia sobre o assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria Soares
aponta que o crime pode ter sido motivado por uma disputa de terras.
Ele informou que o
promotor, junto à família da noiva, teria adquirido parte de uma
fazenda em um leilão. A polícia acredita que o antigo dono do terreno
teria ficado insatisfeito. O secretário informou que por enquanto não
pode divulgar outros detalhes para não atrapalhar as investigações.
Policiais militares, civis, além de um promotor, fazem neste momento uma operação na zona rural de Águas Belas,
no Agreste de Pernambuco, em busca dos assassinos. A polícia conta com o
apoio de um helicóptero da SDS. Até o momento nenhuma prisão foi
confirmada.
Durante a
madrugada a noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão Martins e o tio
dela, que também estavam no veículo, prestaram depoimentos.
O procurador geral
de Justiça de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, falou sobre as
investigações. “Tem informações precisas da Polícia Civil de que, em
breve, iremos responder ao país e colocar na cadeia essa pessoa que
tirou a vida de um homem de bem.
Já tem pedido na
justiça de prisão temporária”, disse. Ele informou também que os
procuradores federais já chegaram a Pernambuco para colaborar.
O corpo do
promotor está sendo velado no Centro Cultural Rossini Alves Couto, na
Avenida Visconde de Suassuna, número 99, área central do Recife.
O enterro será realizado às 17h no Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Ele foi assassinado na manhã de segunda (14), em Itaíba, no Agreste. O corpo foi levado ainda na noite do crime para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, onde passou por necrópsia.
Entenda o caso
De acordo com o
secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, Thiago seguia para Itaíba
com a noiva e um tio dela, quando um veículo se aproximou e fez um
disparo, em um trecho da PE-300.
O promotor parou
no acostamento, quando os suspeitos deram o retorno e atiraram
novamente. O secretário afirmou também que a vítima levou quatro tiros
de revólver calibre 12, todos na região da cabeça. "Foi execução.
O alvo era ele,
pois os executores tiveram oportunidade de matar as outras pessoas.
Temos equipes especializadas nesse caso, várias buscas já foram feitas,
temos suspeitos da prática desse crime e, certamente, em pouco tempo
daremos a resposta. Temos uma linha principal e outras secundárias, mas
não podemos adiantar essas linhas", disse.
O governador
Eduardo Campos disse que, até o momento, não chegaram informações de que
o promotor sofria ameaças e também não havia ocorrência contra ele na
Polícia Civil nem no Ministério Público.
O procurador-geral
de Justiça disse que não pediu proteção especial para promotores do
estado. "Promotores não são super-homens, hoje todo cidadão corre risco.
Não vamos nos intimidar", comentou.
Em algumas
reportagens o nome do promotor apareceu como Thiago Faria de Godoy
Magalhães. Ainda na segunda (14), foi esclarecido pelo Ministério
Público que este era o nome usado pelo promotor quando era casado.
Depois de separado da primeira mulher, ele voltou a usar o nome de
solteiro, Thiago Faria Soares.
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