Artigo de Mauricio Dias, extraído da Carta Capital:
A
reflexão em torno de um impeachment do ministro Joaquim Barbosa,
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), não é mera picardia de
petistas ou mesmo de advogados dos réus da Ação Penal 470, “o mensalão”,
um julgamento no qual valeu tudo para alcançar a condenação dos
acusados. É do interesse da própria Justiça.
O que deveria ter sido um processo sério, a Ação Penal 470, em torno de ilícitos flagrantes de alguns dos envolvidos e da ausência de provas contra outros, transformou-se num espetáculo de lutalivre, no qual valia de dedo no olho a pontapé no baixo- ventre.
Na última etapa do julgamento, a apreciação dos embargos infringentes em torno do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo se expôs de forma complicada. No debate que provocou com o ministro Luís Roberto Barroso, quando este apresentava o voto, Barbosa confirmou o que os advogados de defesa, e mesmo alguns leigos, já suspeitavam.
“Da cadeira do mais alto posto do Poder Judiciário brasileiro, o ministro Joaquim Barbosa confessou que fraudara a lei”, afirma o criminalista Rafael Borges.
Segundo Borges, a fixação de penas, por vezes exorbitantes e desalinhadas com a jurisprudência da própria Corte, não se orientou pelos critérios legais estabelecidos, mas “pelo desejo ilegítimo e indecoroso” de evitar a prescrição e, com isso, a extinção da punibilidade de alguns réus condenados (íntegra no site CartaCapital.com.br).
Esse triste momento para o STF foi praticamente descartado das informações em torno daquela sessão. O criminalista, no entanto, inquietou-se com o silêncio conivente. O ponto máximo do episódio está exatamente aos 3:03 minutos do vídeo disponível no endereço eletrônico http://m.terra.com.br/video/7336925.
Em síntese, conforme explica o criminalista Rafael Borges, o ministro Barroso reiterava que não fazia sentido o aumento das penas do delito de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta, à razão de 15% a 21%, em contraposição ao aumento de 63% a 75% no delito de formação de quadrilha ou bando, embora “as circunstâncias judiciais fossem rigorosamente as mesmas”.
Com a polidez e a sutileza habituais, escalavrou um ponto obscuro e delicado ao dizer não ser do seu interesse debater “se essa exacerbação tinha sido feita para evitar a prescrição ou para mudar o regime de semiaberto para fechado”.
Perseguido por incômodo e doloroso problema de coluna, o ministro Barbosa tem conduzido as sessões do tribunal alternando sua posição. Ora sentado, ora de pé. Estava recostado no espaldar da cadeira no momento em que interferiu de forma truculenta na fala de Barroso: “Foi feito para isso, sim”.
Borges define a ação intempestiva do presidente do STF como “confissão indecorosa”. Ele a aproxima do delito de prevaricação e cita um argumento do penalista Nilo Batista, várias vezes citado no julgamento: “Um pena cuja aplicação ingresse (…) o componente de evitar a prescrição é nula na medida em que se vale de um critério que extrapola da lei”.
Para Rafael Borges, até o momento da confissão transmitida pela TV Justiça, a inobservância das normas relativas à fixação das penas não parecia fruto “de uma consciente fraude à lei”.
Ignorado esse problema, como vem ocorrendo, resta lamentar o péssimo exemplo dado pela mais alta Corte da Justiça brasileira.
O que deveria ter sido um processo sério, a Ação Penal 470, em torno de ilícitos flagrantes de alguns dos envolvidos e da ausência de provas contra outros, transformou-se num espetáculo de lutalivre, no qual valia de dedo no olho a pontapé no baixo- ventre.
Na última etapa do julgamento, a apreciação dos embargos infringentes em torno do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo se expôs de forma complicada. No debate que provocou com o ministro Luís Roberto Barroso, quando este apresentava o voto, Barbosa confirmou o que os advogados de defesa, e mesmo alguns leigos, já suspeitavam.
“Da cadeira do mais alto posto do Poder Judiciário brasileiro, o ministro Joaquim Barbosa confessou que fraudara a lei”, afirma o criminalista Rafael Borges.
Segundo Borges, a fixação de penas, por vezes exorbitantes e desalinhadas com a jurisprudência da própria Corte, não se orientou pelos critérios legais estabelecidos, mas “pelo desejo ilegítimo e indecoroso” de evitar a prescrição e, com isso, a extinção da punibilidade de alguns réus condenados (íntegra no site CartaCapital.com.br).
Esse triste momento para o STF foi praticamente descartado das informações em torno daquela sessão. O criminalista, no entanto, inquietou-se com o silêncio conivente. O ponto máximo do episódio está exatamente aos 3:03 minutos do vídeo disponível no endereço eletrônico http://m.terra.com.br/video/7336925.
Em síntese, conforme explica o criminalista Rafael Borges, o ministro Barroso reiterava que não fazia sentido o aumento das penas do delito de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta, à razão de 15% a 21%, em contraposição ao aumento de 63% a 75% no delito de formação de quadrilha ou bando, embora “as circunstâncias judiciais fossem rigorosamente as mesmas”.
Com a polidez e a sutileza habituais, escalavrou um ponto obscuro e delicado ao dizer não ser do seu interesse debater “se essa exacerbação tinha sido feita para evitar a prescrição ou para mudar o regime de semiaberto para fechado”.
Perseguido por incômodo e doloroso problema de coluna, o ministro Barbosa tem conduzido as sessões do tribunal alternando sua posição. Ora sentado, ora de pé. Estava recostado no espaldar da cadeira no momento em que interferiu de forma truculenta na fala de Barroso: “Foi feito para isso, sim”.
Borges define a ação intempestiva do presidente do STF como “confissão indecorosa”. Ele a aproxima do delito de prevaricação e cita um argumento do penalista Nilo Batista, várias vezes citado no julgamento: “Um pena cuja aplicação ingresse (…) o componente de evitar a prescrição é nula na medida em que se vale de um critério que extrapola da lei”.
Para Rafael Borges, até o momento da confissão transmitida pela TV Justiça, a inobservância das normas relativas à fixação das penas não parecia fruto “de uma consciente fraude à lei”.
Ignorado esse problema, como vem ocorrendo, resta lamentar o péssimo exemplo dado pela mais alta Corte da Justiça brasileira.
Em
setembro do ano passado o deputado Inocêncio Oliveira reuniu o seu
grupo político para anunciar que estava abandonado a política. Segundo o
ex-prefeito de São José do Belmonte, Rogério Leão, foram pelo menos
três reuniões em que o cacique republicano estimulou a candidatura de
Sebastião Oliveira, a Câmara Federal, e até fez a ‘partilha’ racional
das suas bases eleitorais.
O corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ministro do STJ
(Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, conseguiu driblar o
sistema de segurança do aeroporto de Brasília e, junto de sua mulher,
embarcou num voo da TAM rumo a Miami (EUA), no dia 21 de fevereiro, sem
ser revistado mesmo com o detector de metais apitando após sua passagem.
O
ex-presidente Lula participou nesta sexta-feira em São José dos Pinhais
de um encontro de líderes petistas com a senadora Gleisi Hoffmann (foto
abaixo), pré-candidata ao governo do Paraná pelo PT. Duas mil pessoas
participaram da reunião, entre elas o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo; deputados federais e estaduais; prefeitos; vereadores e
lideranças políticas do PT. Antes, Lula almoçou com 15 empresários
paranaenses, na chácara do ex-deputado federal Flávio Martinez (PTB),
para "vender" a candidatura de Gleisi.
Um
inquérito aberto em 2005 para investigar contratos do governo tucano de
Aécio Neves (2003-2006) com as agências de publicidade do empresário
Marcos Valério está parado nas gavetas do Ministério Público mineiro.
Da
presidente Dilma o PMDB não se afastará. Afinal, ela detém a caneta,
tudo indicando que a manterá por mais quatro anos. O partido precisa da
chefe do governo assim como o sapo precisa da lagoa.




Lula
avisou à cúpula da campanha de Dilma Rousseff que vai negociar
pessoalmente a montagem de palanque da petista em Pernambuco. O PP, que
namorou a chapa lançada por Eduardo Campos, quer conversar com o
ex-presidente quando ele voltar da Itália. 
A Câmara dos Deputados está enrolando para votar o marco civil da internet.
A
prova de um concurso público de Goiás apresentou em duas das questões
elogios ao governador Marconi Perillo (PSDB), que vai disputar a
reeleição, e críticas ao ex-presidente Lula (PT). 




Convocado
para assumir a articulação do governo em meio à crise dentro da base
aliada, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, conseguiu
convencer o líder do PROS na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), a deixar o
"blocão" liderado pelo PMDB na Casa.