sábado, 16 de março de 2019

Douglas Duarte participa de reunião para discutir a bacia leiteira do Agreste

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O prefeito Douglas Duarte de Angelim participou de ato público que se realizou em Bom Conselho em defesa da bacia leiteira do Agreste Meridional que está fragilizada por falta de apoio dos governos, o evento reuniu o presidente da Amupe, José Patriota (PSB), e um time de prefeitos para ninguém botar defeito: Dannilo Godoy o anfitrião (Bom Conselho), Débora Almeida (São Bento do Una), Luiz Aroldo (Águas Belas), Osório Filho (Pedra), Walmir do Leite (Paranatama), Nogueira (Calçado), Ednaldo Peixoto (Jucati), Marcelo Neves (Palmeirina), Tonho de Lula (Iati), Cristiano Martins (Quipapá), Neide Reino (Capoeiras) e Ulias Leal (Alagoinha); além dos ex-prefeitos Sandoval Cadengue (Brejão) e João Mendonça (Belo Jardim).

Brincando de ‘sniper’

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço 

Quem sai aos seus não degenera, diz o velho ditado popular.

Jair Renan, o “Filho 04”, que não lembra de ter namorado a filha do PM miliciano acusado de executar Marielle Franco, vão vai esquecer do passeio no parque de diversões, digo, na Academia da Polícia Federal, em Brasília.

Afinal, não é qualquer um que pode “treinar” para sniper com fuzis de precisão e se divertir dando rajadas de metralhadora, à custa do Estado.

Na Veja desta semana, reproduzida acima, as fotos da macabra vaidade armada – justo no momento em que outro adolescente fez o mesmo, antes do massacre de Suzano – do rapaz.

O que será que pensa o Dr. Sérgio Moro, tão atento aos pedalinhos dos netos de Lula, ao ver a caríssima Polícia Federal transformada em brinquedoteca do filho presidencial?

A hora da oposição

André Singer – Folha de S.Paulo
Caso Marielle, circulação de armas e decisão do STF contra Lava Jato pedem novas alternativas
Os fatos da semana voltaram a colocar em maus lençóis o projeto que chegou ao governo em outubro passado. 
As possíveis ligações dos suspeitos de matar Marielle Franco (PSOL-RJ), o efeito pernicioso da circulação de armas e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lava Jato impõem questionamentos aos atuais donos do poder. Falta, porém, uma frente de oposição capaz de apresentar alternativas convincentes a ponto de propiciar a formação de uma nova maioria no país.

No primeiro caso, o problema de fundo refere-se à segurança pública. Foi devido à prolongada incapacidade do Estado brasileiro oferecer garantias às periferias que as milícias cresceram no Rio de Janeiro. A sua expansão parece ter ido ao ponto de simplesmente optar pela eliminação de adversários políticos.
Desde esse ponto de vista, a prisão dos supostos executores da vereadora psolista poderia representar um ponto de partida para a desmontagem do sistema de violência privada que se apoderou de áreas da cidade. No entanto, é preciso saber o que colocar no lugar. O balanço das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a consequente formulação de propostas que as incorporem e superem é urgente.
Da mesma maneira, o sinistro ataque à escola Raul Brasil na Grande São Paulo, além da indispensável solidariedade às vítimas, às famílias e aos colegas, precisa ser encarado do ponto de vista das políticas públicas. Se a resposta oficial —armar os professores— não é adequada, o que se deve fazer?
Aquilo que os norte-americanos chamam de “school shootting” cresceu muito nos EUA na última década, configurando uma doença social cuja terapêutica precisa ser encontrada. Dificultar o acesso a todos os tipos de arma ajudaria a diminuir o número de casos, afirmam os especialistas. Porém medidas complementares, como abrir canais de escuta para jovens com dificuldade de pertencimento ao meio, parecem igualmente necessárias.
Por fim, a maioria do STF em favor de que a Justiça Eleitoral possa julgar casos de desvios de dinheiro público quando conectados à prática de caixa dois não deve ser compreendida como um voto de leniência. Trata-se de oportunidade para indicar uma estratégia equilibrada de combate à financeirização da atividade partidária. Dificilmente a oposição dará a volta por cima se não recuperar para si as bandeiras republicanas perdidas.
A extrema direita só tem a oferecer mais privatização, difusão da violência e punitivismo seletivo. As respostas que dá às angústias do momento são toscas. Mas, se não forem superadas por um programa oposto, estão fadadas a prevalecer por W.O.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Paulo vistoria obras de abastecimento d’água em Belo Jardim


O governador Paulo Câmara esteve, hoje, no município de Belo Jardim – Agreste de Pernambuco – para conferir de perto o sistema de abastecimento de água da cidade. Com uma vazão de 175 litros por segundo, o fornecimento está sendo feito por meio do sistema integrado de abastecimento das Adutoras do Agreste e do Moxotó, tendo em vista que a cidade dependia exclusivamente do Sistema Bitury, cuja barragem está em colapso. O ciclo de abastecimento local está recebendo água da transposição do Rio São Francisco, ação que está garantindo o fornecimento hídrico para todos os bairros da cidade.

“Viemos hoje a Belo Jardim para verificar os testes de abastecimento, que estão praticamente prontos, e a água já está chegando em muitas casas. A partir de agora, vamos intensificar nossos esforços para que todo mundo tenha água do São Francisco e para que esse sonho de muito tempo se torne a realidade de todo pernambucano. Estamos trabalhando juntos para que ela seja concluída. Belo Jardim e todo o Agreste pernambucano merecem total atenção do Governo do Estado”, afirmou o governador Paulo Câmara.
O presidente da Compesa, Roberto Tavares, reforçou a importância do empreendimento e o seu significado: realizar o sonho dos moradores de Belo Jardim de ter água em suas casas. “O que estamos comemorando é uma fase de testes que já está fazendo chegar água do Rio São Francisco nas casas das pessoas. São quilômetros de distância que essa água está percorrendo para beneficiar muitos pernambucanos. E o mínimo que podemos fazer é reconhecer as digitais de alguns pernambucanos nesse projeto, como as do governador Paulo Câmara, que em 2015 tomou uma decisão fundamental para o Agreste”, frisou.
Para a execução dos lotes 1 e 2 da 1ª Etapa do Sistema Adutor do Agreste, que contemplam o abastecimento de Belo Jardim e mais nove cidades, estão sendo investidos R$ 400 milhões. Belo Jardim é a terceira cidade da região a receber água da transposição pela Adutora do Agreste integrada à Adutora do Moxotó, isso porque outras 150 mil pessoas de Arcoverde e Pesqueira também já estão sendo abastecidas pelas águas do Velho Chico.
A Adutora do Moxotó foi a alternativa adotada pelo Governo do Estado para antecipar a chegada da água do rio São Francisco para 400 mil pessoas na região Agreste – mesmo sem a construção do Ramal do Agreste. O equipamento foi construído por meio de uma parceria entre o Governo de Pernambuco e o Ministério da Integração Nacional e recebeu um investimento de R$ 85 milhões.

O marketing da barbárie



FERNANDO BRITO · no Tijolaço


O tal Olímpio quer professores e funcionários armados nas escolas para “evitar tragédias” como a de Suzano.


A Bancada da bala usa massacre de Suzano para faturar, mostra Bernardo de Mello Franco, em O Globo.

A cereja podre do bolo amargo veio hoje, mais cedo, quando o histérico vereador Fernando Holiday, do MBL, foi ao Twitter anunciar que tentará obstruir a indicação do nome de Marielle Franco a uma praça paulistana, pela falecida ter sido “uma vereadora extremista que defendia ideais perturbadores”.

Não, não é apenas estupidez e insensibilidade, embora sejam estúpidos e insensíveis.

É o marketing da selvageria com que se promovem ante uma sociedade transtornada pelo ódio que nossas elites construíram.

Não são elementos curiosos, “folclóricos”, apenas bobalhões, como muita gente tende a ver.

São os vermes do ódio que sobrenadam no caldo de brutalidade que impuseram ao povo brasileiro.

Só há uma maneira de acabar com eles, é secar este caldo, sem o qual voltam a ser as larvas que eram.

Desprezem-nos, porque é só o que merecem.

Mas a mídia mexe e remexe essa panela, porque precisa desta gente para impedir que o povo brasileiro recorde que, não faz muito tempo, este era um país de esperanças.

Previdência: as diferenças entre civis e militares



FERNANDO BRITO ·no Tijolaço


Geralda Doca, uma dos raros casos em que repórter de Economia se preocupa em dar informação e não conselhos econômicos, publica hoje, em O Globo, um sintético comparativo das diferenças que a proposta do Governo Bolsonaro terá entre militares e civis.

É claro que isso vai gerar uma imensa polêmica, sobretudo porque as polícias militares vão exigir as mesmas regras, mesmo o governo tendo deixado para logo depois da votação a concessão de um aumento acima de 20% para as Forças Armadas.

Veja o resumo:

Regra de transição

A reforma da Previdência do INSS e dos servidores civis prevê diferentes regras de transição. Na regra do “pedágio”, é exigido um tempo adicional, em relação ao prazo que falta hoje para se aposentar. No caso dos trabalhadores da iniciativa privada, esse “pedágio” é de 50%. Ou seja, por essa regra de transição, se faltar 2 anos para o trabalhador se aposentar pelas regras atuais, ele terá de trabalhar mais 1 ano, num total de 3 anos, após a aprovação da reforma.
Para os militares, esse “pedágio” será de 17%.

Reajustes
O texto dos militares prevê reajustes anuais nos soldos. A reforma da Previdência dos trabalhadores do INSS e dos servidores públicos elimina a obrigação de correção anual nos benefícios de aposentadoria e pensões, que eram garantidos na Constituição.

Valor do benefício
Os servidores públicos civis, que entraram até 2003, que hoje têm direito à integralidade (manter na aposentadoria o último salário da carreira) e paridade (obter na aposentadoria os mesmos reajustes de quem ainda não se aposentou). Na reforma da Previdência, os servidores só manterão esses direitos se cumprirem a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens.
No caso dos militares, eles continuarão ter direito ao soldo integral.

Alíquotas
No caso dos servidores públicos civis, as alíquotas de contribuição serão progressivas, variando de 7,5% a até 22%. Para os militares, as alíquotas passarão a ser de 8,5% em 2020, subindo um ponto percentual a cada ano até chegar em 10,5%.

Idade mínima
A reforma da Previdência dos trabalhadores do setor privado e dos servidores estabelece idades mínimas para se aposentar. No caso dos militares, a exigência é apenas de tempo na ativa, de 35 anos. (Nota do Tijolaço: como o ingresso na Escola de Cadetes é a partir de 17 anos, a idade, na prática, fica sendo de 52 anos. Ou menos, por conta do tempo de serviço em unidades consideradas de acesso difícil darem direito a um bônus de 4 meses, a cada ano servido, com um mínimo de dois anos, pela lei n° 7.698)

Frota: Bolsonaro gosta mais do Queiroz do que de mim

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Duvido que o mais imaginoso ficcionista fose capaz de imaginar tal enredo.

Um ator pornô, eleito deputado, reclamando publicamente de estar sendo trocado por um ex-PM que arrecadava dinheiro para sustentar esquemas políticos do filho de um Presidente da República.

Eu não estou vendo isso, aos 60 anos de vida, não estou.

Será que vamos precisar de uma reconciliação pública, com direito a replay das selfies carinhosas entre ambos?

Ou que Frota irá exigir que Bolsonaro devolva os cheques de Queiroz, na base do “ele não!”.

Lamentavelmente, o que estamos vivendo não é um episódio ficcional.

Frota se tornou um “prócer” desta república, com direito a presidir sessões da Câmara dos Deputados e receber elogios de comandantes militares.

E Queiroz…Bem, Queiroz ganhou o direito de ficar impune, depondo só por escrito, contando histórias nada plausíveis.

Lava Jato não pode impedir que as empresas nacionais sobrevivam

Até as pedras da Serra do Jabre (PB) sabem que a “Operação Lava Jato” prestou grandes serviços ao Brasil e sobretudo grandes desserviços. Atuou positivamente quando descobriu e investigou um poderoso esquema de corrupção na Petrobrás, que tinha a participação de dirigentes da estatal, das empresas que trabalhavam para ela e de partidos políticos. Mas também atuou negativamente quando se esforçou para fechar empresas envolvidas com corrupção. Já foi dito aos procuradores de Curitiba, que se acham acima do bem e do mal, que na Alemanha de Hitler as principais empresas daquele país, entre elas a Mercedes Benz, colaboram com o nazismo. E que todas foram devidamente penalizadas por seus crimes, porém nenhuma delas foi obrigada a fechar as suas portas. No Brasil ocorre o contrário. Os procuradores de Curitiba não se deram por satisfeitos com a desmoralização das empresas que estavam no esquema da Petrobras. Trabalham para tirá-las do mercado, em que pese a maioria delas já ter devolvido o que levou indevidamente do erário e pedido desculpas à nação pelos crimes praticados. Para os Dallagnol da vida, apenas isto é insuficiente. É preciso também desempregar milhões de brasileiros (só em Pernambuco foram cerca de 80 mil) que é a consequência natural da falência de empresa que não consegue mais contratar com o poder público. Felizmente, o TCU começa a rever esse entendimento através do ministro Augusto Nardes. Ele recentemente arquivou um processo em que quatro empreiteiras envolvidas na “Lava Jato” haviam sido impedidas de firmar contratos com a União. Com isto, a Queiroz Galvão, a UTC Engenharia, a Techint Engenharia e a Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio permanecem habilitadas a participar de licitações promovidas por entes públicos. Por mais que isto entristeça os procuradores Deltan Dallagnol e Luiz Fernando de Lima.
(Do Blog de Inaldo Sampaio)

Gilmar acusa Dallagnol de querer fazer politica com dinheiro público



247-O ministro do STF Gilmar Mendes afirmou nesta quinta-feira, 14, que a 'fundação anticorrupção' defendida pelo procurador Deltan Dallagnol, que receberia R$ 2,5 bilhões da Petrobrás, tinha como objetivo financiar eleições futuras; "Sabe-se lá o que podem estar fazendo com esse dinheiro", disse ele durante a sessão em que o STF decide se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal; "Isto é um modelo ditatorial. Se eles estudaram em Harvard, são uns cretinos, não sabem o que é processo civilizatório", disparou o ministro
Em seu voto, Gilmar Mendes negou que a questão do envio de casos de corrupção conexos com caixa 2 para a Justiça Eleitoral tenha começado na Segunda Turma do STF, responsável pelos julgamentos da Lava Jato. Segundo o ministro, pela jurisprudência da Corte, a Justiça Eleitoral é responsável pelos julgamentos de crimes conexos.

O ministro também fez críticas aos procuradores da força-tarefa da investigação e à criação do fundo pela força-tarefa da Lava Jato e o governo dos Estados Unidos para ressarcimento dos prejuízos causados a investidores norte-americanos pelos casos de corrupção na Petrobras.

"O que se trava aqui é uma disputa de poder que sequer ganha fórceps de constranger, amedrontar as pessoas. São métodos que não honram instituições", disse.

Gilmar Mendes também condenou críticas feitas por integrantes da Lava Jato aos ministros da Corte. "Quem encoraja esse tipo de coisa? Quem é capaz de encorajar esse tipo de gente, gentalha, despreparada, não tem condições de integrar um órgão como o Ministério Público", afirmou.

Marco Aurélio diz que condenações podem ser anuladas

Após julgamento no STF
Por 6 votos a 5, ministros do Supremo decidiram que a Justiça Eleitoral é competente para julgar casos de crimes comuns conexos com eleitorais
Estadão – Blog de Fausto Macedo - Amanda Pupo e Breno Pires

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quinta-feira, 14, que a decisão do STF sobre a competência da Justiça Eleitoral julgar crimes comuns, como corrupção e lavagem, pode levar à anulação de condenações. Em tese, isso só ocorreria se ficar entendido que o juiz federal julgou alguém pelo crime de caixa 2, por exemplo, o que atrairia a competência da Justiça Eleitoral.
O ministro ressaltou, no entanto, que nestes casos o andamento do processo não é anulado, e pode ser aproveitado por um outro magistrado que vir a analisar a investigação. “Porque nós temos já os elementos coligidos no processo. Então esses elementos que servem à instrução criminal são aproveitados”, disse Marco Aurélio, que votou pela competência da Justiça Eleitoral para processar os delitos eleitorais e conexos, como corrupção e lavagem.
Questionado se sentenças poderiam ser anuladas, Marco Aurélio respondeu que sim. “Essas podem ser afastadas ante a incompetência absoluta do órgão que a prolatou.” Segundo ele, as investigações serão “inabaladas”. “Os elementos coligidos serão respeitados. Os elementos juntados nos autos, processos, serão respeitados”, disse.

Pé de guerra entre ministros e procuradores


O presidente do STF, Dias Toffoli, vinha demonstrando irritação com os ataques de procuradores a ministros nas redes. A gota d’água foi a revelação no Painel de que, nos últimos dias, grupos bolsonaristas elegeram a corte como alvo de fake news, chegando a atrelar o Judiciário ao narcotráfico.

Toffoli disse a aliados que decidiu tomar uma atitude após constatar que nem o Ministério Público nem o da Ministério Justiça agiram contra a onda difamatória. Ganha corpo no STF a tese de que ou a corte se posiciona de forma incisiva, ou os ataques não vão cessar.
A ofensiva do Supremo se dá em momento de forte embate dentro do Ministério Público. As manifestações elogiosas de ao menos três ministros à procuradora-geral, Raquel Dodge, mostra que uma ala da corte escolheu um lado na disputa de poder da Procuradoria.  (Painel – FSP)

Entraram pesado em Raquel Dodge. Mas nem tanto


A pesada nota da Associação Nacional dos Procuradores contra a ação que Raquel Dodge apresentou ao STF para derrubar a fundação de R$ 2,5 bilhões da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba ampliou a divisão no MPF.

Nas redes internas do MPF, Dodge recebeu críticas, mas também solidariedade.
Ala importante viu a nota como prova do engajamento político da ANPR contra a cúpula da Procuradoria.  (FSP)

quinta-feira, 14 de março de 2019

Reativados, grupos de WhatsApp bolsonaristas, pró Previdência e pau no Supremo


Daniela Lima - Painel - Folha de S.Paulo

Aqui me tens de regresso - Liderados por bolsonaristas, grupos de WhatsApp que tinham sido desativados após a campanha voltaram a operar. A retomada coincidiu com o apelo da cúpula do Congresso para que o presidente religasse, em nome da reforma da Previdência, a rede de contatos que o ajudou a chegar no Planalto. Além de textos de defesa da medida, as comunidades elegeram um alvo comum: o Supremo. Montagens pedem o “fim do STF”, apontam “a toga contra o povo” e chamam os ministros de criminosos.
Além do tom de protesto, mensagens que circulam nesses grupos disseminam informações falsas sobre a função, o funcionamento e os membros do STF.
Uma das postagens chega a afirmar que a corte tem “clientes como o BNDES”, e que “OAB e Judiciário estão aparelhados com essa máfia comunista e o narcotráfico de toda a América Latina”. “O STF só pode ser derrubado com uma ação efetiva e massiva do povo. O governo não pode os tirar de lá (sic)”.
Pose de vítima - Há ainda postagens que pedem apoio a Jair Bolsonaro, que estaria sendo “engolido pelo sistema” e “jogado aos leões”. “Ele precisa de nós. (…) Pare de compartilhar bobagens e intriguinhas feita pela mídia podre.

Fantasmas e laranjas

Menos de 100 dias de governo, a família do presidente entrou na mira do Ministério Público por suspeita de abrigar funcionários fantasmas

E recolher dinheiro de assessores
 Já o partido dele, o PSL, é investigado por fomentar candidaturas de laranjas na campanha de 2018.  (Painel – FSP)

quarta-feira, 13 de março de 2019

Delegado que solucionou morte Marielle e citou Bolsonaro, será afastado do caso

247 - O jornalista Lauro Jardim revelou em sua coluna no jornal O Globo na manhã desta quarta-feira (13) que o delegado Giniton Lages, responsável pela investigação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil. "Oficialmente, o motivo dado será que ele cumpriu sua missão", escreveu Jardim. Lages desagradou profundamente o bolsonarismo ao citar o presidente da República e sua família na entrevista coletiva sobre a prisão dos assassinos no final da manhã desta terça-feira.


O desconforto de Bolsonaro com a solução do crime ficou patente em uma rápida conversa com jornalistas na tarde desta terça:



O chefe da Polícia Civil, delegado Marcus Vinícius Braga, indicará na semana que vem o encarregado da segunda etapa da investigação, centrada em descobrir quem mandou matar a vereadora e o motorista -informou Jardim em sua nota.

A citação a Bolsonaro foi bombástica e teve alto impacto ao ser manchete do Brasil 247 no início da tarde desta terça. Leia o relato da reportagem:

Apareceu o primeiro vínculo concreto entre a família de Jair Bolsonaro e a de Ronnie Lessa: um dos filhos de Bolsonaro namorou a filha de Lessa. O fato foi confirmado pelo delegado responsável pela Divisão de Homicídios da capital fluminense, Giniton Lages, durante a entrevista coletiva sobre a prisão de Lessa e do outro assassino, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Bolsonaro e Lessa moram no mesmo condomínio na Barra da Tijuca, no Rio. Com os filhos namorando, que tipo de relação estabeleceu-se entre as duas famílias?

Num trecho quase inaudível da entrevista, um repórter não identificado pergunta: "Está confirmado que o filho mais novo de Bolsonaro namorou ou namora a filha de Ronie Lessa?". Lages responde: "Está confirmado, mas isso não é objeto de investigação neste momento". Em seguida, afirma: "Mas poderá ser mais pra frente". Neste momento, Lages foi interrompido por alguém que não foi possível identificar na transmissão e o assunto desaparece da agenda.

Suzano é tapa na cara de quem defende armar a população

Escola Estadual Raul Brasil, no Jardim Imperador, em Suzano, na Grande São Paulo



Por Helena Chagas

São de congelar o sangue os gritos de pavor dos adolescentes que se defrontaram com os atiradores em sua escola em Suzano, mostrados em vídeo que já está circulando. Nunca haverá explicação para o que fizeram os dois jovens assassinos, que tinham um revólver calibre 38 e se suicidaram em seguida.

Mas muitos detalhes serão desvendados, a começar pela identidade dos atiradores e de suas vítimas, e uma narrativa será contada sobre o crime de Suzano, que entrará para a história ao lado de outras atrocidades.

O que não dá para não pensar é que essa narrativa poderia ter tido um final diferente, sem dez mortos, ou talvez não estivesse nem sendo contada, se os jovens não tivessem um 38 nas mãos. O episódio de hoje está inserido no contexto geral da violência que nos assola, mas tem ingredientes semelhantes a outros tiroteios contra alunos brasileiros e, sobretudo, à onda de crimes em escolas que começou e virou lugar comum nos Estados Unidos.

Os jovens também usaram uma arma do tipo Besta, que atira flexas. Mas é evidente que as mortes foram provocadas pelos tiros do revólver.

Se, ao invés de estar tratando de uma flexibilização da posse e do porte de armas no Brasil e enviando ao Congresso projetos neste sentido, o governo Bolsonaro estivesse tratando de restringir essas regras, ainda poderíamos ter esperanças. Só que não.

O massacre de Suzano é um tapa na cara dos que, no poder e fora dele, defendem a liberação do porte e da posse de armas. Se estivesse conectada com a realidade do dia-a-dia dos brasileiros, a oposição já teria começado a convocar manifestações por todo o Brasil para dizer “não” ao armamento da população e ao discurso do ódio que está por trás dele.

Atiradores matam crianças em escola de Suzano: 10 mortos



Dois atiradores entraram na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, e abriram fogo contra estudantes e funcionários; de acordo com informações preliminares, pelo menos 10 pessoas teriam morrido no ataque, contando com os assassinos, que mataram oito e teriam se matado logo em seguida; ao menos outras 17 pessoas teriam ficado feridas e sido levadas para dois hospitais da região; equipes da Polícia Militar, do Samu e da Guarda Metropolitana, além de um helicóptero, foram deslocadas para o local.

A “Fundação Lava Jato” não foi suspensa, ela acabou

POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço

Como se mencionou ontem aqui, a “Força Tarefa” da Lava Jato já não vive seus dias de glória.

A decisão tomada pelos procuradores da turma do Deltan Dallagnol de “suspender” o funcionamento da esdrúxula “fundação” com que pretendiam abiscoitar R$ 2,5 bilhões da Petrobras é, na prática, o seu cancelamento.

Não ia passar pela PGR, pelo Tribunal de Contas e menos ainda pelo Supremo Tribunal Federal.

A história de que vão buscar “soluções ou alternativas que eventualmente se mostrem mais favoráveis para assegurar que os valores sejam usufruídos pela sociedade brasileira” é conversa fiada.

Ninguém vai mais se atrever a chancelar esta usurpação privada de recursos públicos.

Vão ter é de cortar um dobrado com seus amiguinhos do Departamento da Justiça dos EUA para que o Tio Sam, como está no acordo, não embolse o dinheiro.

É preciso ser muito prepotente e pueril para acharem que meteriam a mão numa bolada deste tamanho para fazerem sua politicagem pseudomoralista.

Não foi um engano, foi uma furtiva trapaça, tentada e fracassada.

Olavo manda, Vélez obedece e demite mais um

Um dia depois do “guru” Olavo de Carvalho dizer que Luiz Antonio Tozi, secretário executivo do MEC,deveria ser demitido, o ministro Ricardo Vélez Rodrigues obedeceu fielmente ao ideólogo.

Em seu Twitter, Vélez informou que exonerou Tozi e agradeceu aos serviços prestados por ele no Ministério.
Para o lugar dele, o ministro indicou Rubens Barreto da Silva, que segundo o Estadão é próximo de Tozi por ter trabalhado com ele no Centro Paula Souza. Silva tinha acabado de ser indicado para o cargo de Secretário Executivo Adjunto.   (Estadão - BR 18)

Jovens encapuzados matam crianças em escola de Suzano grande SP

Dois adolescentes encapuzados abriram fogo contra crianças e funcionários na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na manhã de hoje. Segundo o Estadão, cinco estudantes e um funcionário morreram no ato. Os criminosos teriam cometido suicídio no local

Fundação:Lava Jato sob fogo por cobiçar dinheiro da Petrobras


Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo

Integrantes do Supremo e do Tribunal de Contas da União defendem internamente que a decisão da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba de suspender a criação de uma fundação com dinheiro da Petrobras não põe fim aos diversos questionamentos já apresentados às cortes sobre o caso. Alguns instrumentos, como o escolhido pela procuradora-geral, Raquel Dodge, têm efeito vinculante, ou seja: se a reclamação for acatada, iniciativas semelhantes estarão vetadas em todo o país.
O tom do duríssimo questionamento apresentado por Dodge ao STF surpreendeu integrantes de outras cortes e da própria Lava Jato –a força-tarefa não foi por ela avisada da iniciativa. Dentro do Ministério Público, houve especulações sobre o que a inspirou a escrever texto tão incisivo.
Para integrantes do TCU, a peça montada pela PGR é tão rigorosa que pode ser usada para incrementar questionamentos em conselhos disciplinares à conduta dos procuradores que assinaram o acordo e da juíza que o homologou.

Longe do fogo: ao clã Bolsnoaro silêncio sobre caso Marielle


Pessoas próximas à família de Jair Bolsonaro aconselharam o clã a não comentar a prisão dos dois suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) para evitar a “proliferação de ilações sobre milícias” (FSP)

Rico é assim. Ri à toa


Carlos Brickmann
A Assembleia do Mato Grosso do Sul aprovou e o governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, sancionou: a partir de agora, e com efeito retroativo a 1º de fevereiro, os salários do Tribunal de Contas do Estado podem ser aumentados em até 90%. Quase dobram. Quem decide os beneficiários é o presidente do TCE – sim, o próprio.
Previsão de gastos? Não foi divulgada. Afinal, quem é rico de verdade não precisa perguntar o preço de nada.
O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul tem uma lista com uns 90 juízes e desembargadores que ganham bem acima do teto constitucional de R$ 39,2 mil. O salário mais baixo da lista é de R$ 64.812,58. O mais alto atinge R$ 135.576,90 – pouco mais que o triplo dos vencimentos de um ministro do Supremo, que deveria ser o servidor público mais bem pago. Ainda bem que o agronegócio anda próspero e paga as contas do Estado.

terça-feira, 12 de março de 2019

PM e ex-PM são presos pelo assassinato de Marielle

Do Blog de magno martins

A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital prendeu, na manhã de hoje, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
O policial teve a prisão preventiva decretada pelo juiz-substituto do 4º Tribunal do Júri Guilherme Schilling Pollo Duarte, após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ. Também foi preso o ex-PM, Elcio Vieira de Queiroz, que estaria com Lessa na ação que executou Marielle. As prisões ocorreram por volta das 4h.
Temido pelos próprios colegas, mesmo depois de aposentar a farda, e exímio atirador, principalmente no manejo de fuzis, Lessa foi vítima de uma tocaia em 28 de abril, um mês depois da morte de Marielle. Há a suspeita de que alguém tentou matá-lo como queima de arquivo.
O sargento é o principal alvo da primeira operação conjunta da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e do Gaeco para prender os envolvidos na morte da vereadora. As circunstâncias do crime ainda não foram apuradas, assim como ainda não se sabe quem foi o mandante da execução.
Na manhã de hoje, os investigadores foram à casa de Lessa, no condomínio de Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, por coincidência, o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Não há, porém, nenhuma ligação, a não ser o fato de serem vizinhos. O PM mora num condomínio em frente ao mar, com seguranças na portaria. Boa parte das casas tem piscina e quintal.

Carnaval injeta R$ 1,9 bilhão na economia de Pernambuco



O Carnaval de Pernambuco bateu recordes de visitantes e de receita turística. Em 2019, 1.870.971 visitantes brincaram a folia de Momo no Estado, o que representa um crescimento de 9,5% em relação a 2018, quando 1.707.878 visitantes participaram do Carnaval. O aumento do público impactou positivamente na receita turística da festa. Em 2019, os turistas e excursionistas injetaram na economia pernambucana R$ 1,982 bilhão, um incremento de 23,7% em relação ao ano passado, quando eles deixaram R$ 1,601 bilhão no Estado.
 
O gasto médio individual diário foi de R$ 282,80, o que representa 22,2% a mais que no ano passado, quando o gasto foi de R$ 231,37, com uma permanência média de 8,6 dias em terras pernambucanas. "Esses números ratificam que o Carnaval, mais do que um festejo, é um grande negócio, que gera emprego e renda para os pernambucanos", comemora o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes.
 
Os dados ainda revelaram que grande parte dos visitantes que vieram para curtir a folia é oriunda de São Paulo (29%), Ceará (18%), Rio de Janeiro (12%), Paraíba (8%) e Bahia (7%). No mercado internacional, os principais emissores foram Argentina (40%), Portugal (12%), Alemanha (10%), França (10%) e Canadá (5%).
 
O Carnaval de Pernambuco foi visitado pela primeira vez por 52,9% dos entrevistados. O total de 96% deles afirmaram que recomendariam o Carnaval para outras pessoas e 93% avaliaram entre ótimo e bom os principais polos de folia.
 
A Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, por meio da Empetur, através de empresas contratadas (GMR Inteligência de Mercado LTDA e Qualitest Inteligência em Pesquisa), realizou pesquisas durante 14 dias (25/02 a 10/03) para identificar o perfil dos visitantes, bem como o movimento na hotelaria, no Aeroporto do Recife e o incremento na economia local.