O líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE), afirmou nesta quarta-feira (6), durante discurso na
tribuna da Casa, que parte da imprensa publica pseudodenúncias contra a
CPI da Petrobras. O parlamentar avalia que alguns veículos de
comunicação e a oposição estão tentando transformar cortina de fumaça em
escândalo, com o objetivo de fragilizar a presidenta Dilma Rousseff na
corrida eleitoral.
Humberto rebateu matéria publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo
que aponta que a estratégia do PT e da Petrobras na CPI no Senado foi
coordenada pelo Palácio do Planalto. "Ora, isso é denúncia? Isso é uma
concepção absurda, equivocada e até ridícula por parte de alguns órgãos
de imprensa. Não há qualquer crime ou fraude na relação de assessores da
CPI com o Planalto", declarou.
"Nada que aconteceu aqui no Senado pode ser considerado crime. Não há
crime. Acho até bom que a oposição tenha pedido investigação ao
Ministério Público, que o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo
(PMDB-PB), tenha pedido investigação da Polícia Federal. Vamos ter
órgãos respeitados fazendo uma investigação que vai mostrar isso que
chamo de cortina de fumaça. Arrumem outro assunto para transformar em
escândalo. Isso é uma bobagem", disse.
O parlamentar lembrou que a mesma oposição que hoje acusa o governo e
o PT de terem cometido crime utilizou expediente muito mais
questionável quando o PSDB governou o país. "Vejam esse título de uma
matéria da Folha de S. Paulo de tempos atrás: 'Fernando Henrique Cardoso
age pessoalmente para barrar CPI que Jader assinou'. Essa CPI, na
época, iria avaliar a corrupção no Congresso Nacional e o presidente da
República agiu pessoalmente para impedir que fosse instalada",
ressaltou.
"Vejam essa outra: 'FHC manda liberar emendas para barrar CPI'. Quer
mais interferência do Poder Executivo que isso? Agora, querem que a
vinda de um assessor da Secretaria de Relações Institucionais se
constitua em escândalo e crime? Ele não veio oferecer emendas a
ninguém", complementou.
O líder do PT ainda lembrou que integrantes do governo de São Paulo
estiveram no Congresso Nacional em junho para orientar os parlamentares
do PSDB a falar sobre o escândalo de corrupção do metrô do Estado. Como
noticiou a imprensa, Marcio Aith, subsecretário de Comunicação, e
Roberto Pfeiffer, representante da Corregedoria do Estado, vieram a
Brasília com a missão de reduzir os danos à campanha de Geraldo Alckmin à
reeleição.
"Ora, nada mais comum e normal. Anormal seria se o governo de São
Paulo, do PSDB, não tivesse buscado preparar os seus parlamentares para a
CPMI do Metrô. Há crime e fraude nisso?" questionou.
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