247 – Os resultados divulgados na manhã desta
terça-feira 5 pelo Itaú Unibanco, das famílias Setúbal e Moreira Salles,
referentes ao segundo trimestre, mostraram o quanto foi positivo para a
economia a não aceitação dos conselhos dados e repetidos, em diferentes
artigos, pelo economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn. Também
sócio do banco. O ex-diretor do BC tornou-se, no ano passado, um arauto
de desemprego como forma de esfriar a economia e controlar a inflação
que, segundo ele, iria corroer a capacidade de compra e de pagamentos da
população, Diante dessa projeção, defendeu cortes no mercado de
trabalho para que ocorresse uma normalização nas relações comerciais.
Goldfajn não se alongou, no entanto, sobre o que deveria ser feito com
os milhões de desempregados que seu plano produziria.
Agora, o que se vê diante dos resultados do Itaú Unibanco no segundo
semestre, o que se vê é que a fórmula era mesmo inútil. Sem que tivesse
sido aplicada, a instituição viu a inadimplência decrescer, aumentou a
concessão de crédito, acentuou no reajuste de tarifas bancárias e, em
consequência, extraiu um lucro recorde, de R$ 4,9 bilhões no período.
Pelo jeito, o economista-chefe tem agora um bom momento para rever suas
teorias.
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