Muitas empresas estão desistindo de trazer convidados para a Copa
do Mundo em razão dos preços dos pacotes corporativos. Um grande grupo
brasileiro, por exemplo, recuou após receber orçamento de R$ 777.200
para hospedar 18 estrangeiros durante seis dias no Rio (R$ 506.016), no
período da final, e outros três na semifinal, em Belo Horizonte (R$
206.184).
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, o valor no Rio chega a R$
28.112 por pessoa. Inclui hospedagem em hotel quatro estrelas no centro,
traslado para o estádio e “esquenta” antes das partidas. Ingressos à
parte. A cotação é da agência Planeta Brasil, do Grupo Águia, que detém
os direitos de venda dos camarotes corporativos para o Mundial. A
agência informa que os pacotes estão esgotados.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, diz que é hora de o Procon e o
Ministério Público agirem com base no Código de Defesa do Consumidor
para coibir “valores abusivos”. “O momento do diálogo se encerrou”, diz
ele, que se reuniu com representantes do setor de hotelaria em dezembro.
Segundo Dino, a reputação de destino caro terá repercussão negativa a
longo prazo para o turismo no Brasil.
Para Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria
de Hotéis, os casos de desistência em função de preço são pontuais. Ele
diz que “as tarifas estão dentro dos parâmetros aceitáveis para um
evento desse porte”. “É errada essa impressão de que há uma alta de
preços”, afirma. “A Embratur não deveria se intrometer no mercado. Nós
não somos concessão.”(blog da folha)
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