Josias de Souza
A
divulgação de documentos que confirmam a existência das contas que
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dizia não ter na Suíça deve produzir um
derretimento do apoio que o presidente da Câmara imaginava possuir no
Conselho de Ética da Câmara. Num colegiado de 21 membros, os aliados de
Cunha estimavam que ele poderia conquistar entre 11 e 14 votos. Hoje,
calcula-se que obteria entre cinco e oito votos.
Um
deputado que convive com o presidente da Câmara explicou: “Até aqui,
diziam que as contas existiam, mas muita gente dava ao Eduardo o
benefício da dúvida. Agora, surgiram os documentos. E os deputados ficam
em dúvida sobre dar algum benefício a ele. A votação é aberta. Não é
fácil ignorar as evidências.”
Cunha
foi levado ao Conselho de Ética dois dois partidos: PSOL e Rede.
Acusam-no de ter quebrado o decoro parlamentar ao mentir na CPI da
Petrobras. Em “depoimento espontâneo”, Cunha havia declarado que não
tinha contas na Suíça. Mesmo nas conversas reservads, o deputado dizia
aos amigos que não apareceria nenhuma conta dele no exterior. Isso leva
vários dos seus aliados a se desobrigarem de apoiá-lo em qualquer
circunstância.
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