terça-feira, 8 de abril de 2014

Gabrielli defende compra de refinaria pela Petrobras e rebate "mentiras"


  • Renato Costa/Frame/Estadão Conteúdo
    O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, discursa durante reunião da bancada do PT na Câmara dos Deputados O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli,
O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli saiu nesta terça-feira (8) mais uma vez em defesa da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras e disse que "mentiras" e "versões fantasiosas, publicitárias e eleitoreiras" sobre o negócio têm sido "insistentemente" veiculadas.
Suspeita de ter representado um prejuízo milionário, a aquisição da unidade pela Petrobras tem sido alvo de investigações em diferentes órgãos, como o Ministério Público e a Polícia Federal.
Gabrielli negou, porém, que a belga Astra Oil tenha pagado apenas 42 milhões de dólares pela refinaria um ano antes de vender 50% da unidade à Petrobras por 360 milhões. Segundo ele, quando a Astra adquiriu a refinaria, havia uma dívida de 200 milhões e foi preciso também fazer investimentos da ordem de 84 milhões. 
"[A primeira mentira é que] A refinaria custou 42 milhões de dólares [ao ser comprada pela Astra] e foi comprada por 1 bilhão de dólares pela Petrobras. Isto é mentira. É mentira porque não custou 42 milhões de dólares. A empresa que adquiriu investiu mais 84 milhões e tinha uma dívida de 200 milhões, portanto, vamos para 326 milhões de dólares", afirmou em entrevista coletiva.

O ex-presidente da estatal negou também que o negócio tenha custado à Petrobras mais de 1 bilhão de dólares. Disse que o custo foi de 486 milhões de dólares e a diferença se explica porque foi preciso adquirir estoques, posteriormente revendidos, e pagar despesas judiciais e bancárias.
"A diferença entre 486 milhões de dólares e 1,1 bilhão [de dólares] são referentes a estoques que foram comprados e revendidos, portanto, tem que se colocar a revenda dos estoques, foram despesas bancárias para garantir a comercialização do produto e foram despesas judiciais. Portanto, o custo da refinaria foi 486 milhões de dólares e ela, originalmente, incluía na dívida, era 336 milhões. Portanto, um negócio absolutamente normal", disse.
Gabrielli argumentou ainda que a compra da refinaria foi um "bom negócio" e fazia parte da estratégia da Petrobras à época de expandir o refino para os Estados Unidos.
"A segunda ideia que precisa ser desconstruída porque é falsa, a de que foi um mau negócio. A refinaria foi um bom negócio naquele momento, ela refletia uma estratégia que a Petrobras vinha definindo desde 1999, que era uma estratégia de conseguir refino nos EUA, portanto era uma estratégia do governo anterior ao nosso."

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