247 - Advogados do ex-presidente levaram à Justiça
nesta quarta-feira 7 registros para complementar ação protocolada
anteriormente em que acusam o juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, de
não ser imparcial.
Os fatos levados ao desembargador federal João Pedro Gebran, do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, mostram que Moro esteve, apenas
nessa semana, em dois eventos do PSDB ou próximo de grandes figuras do
partido, um em Mato Grosso e outro, na noite de ontem, em São Paulo,
promovido pela revista IstoÉ.
Em Cuiabá, Moro aparece em fotos no mesmo palco que o governador
Pedro Taques (PSDB) e, em seu discurso, elogiou um deputado tucano. Após
a divulgação das fotos do evento, o ex-presidente Lula acusou o
magistrado de ser um militante tucano (leia aqui).
No evento da IstoÉ, o juiz foi premiado Homem do ano de 2016 na
categoria Justiça e teve fotos divulgadas à exaustão nesta quarta, em
momentos íntimos e de confraternização com o senador Aécio Neves,
político mais delatado na Lava Jato, e o ministro José Serra, acusado de
ter recebido R$ 23 milhões em propina da Odebrecht por meio de uma
conta na Suíça. Moro aparece ainda nas imagens com o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e Michel Temer.
Num vídeo, Lula faz duras críticas a Moro e ironiza a
força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo ele, o Ministério Público
"virou um bando de ungidos que vai salvar a humanidade".
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