Josias de Souza
Renan
Calheiros exalava otimismo nas conversas que teve na noite passada.
Disse a aliados que espera obter uma vitória parcial no plenário do
Supremo Tribunal Federal na tarde desta quarta-feira. Trabalhava com a
seguinte hipótese: a maioria dos ministros da Suprema Corte votaria a
favor de retirá-lo apenas da linha sucessória da Presidência da
República, não do cargo de presidente do Senado. Renan soou como se
lidasse com informações, não com suposições.
O blog apurou
que a hipótese de um afastamento meia-sola foi discutida em gabinetes
do Supremo. Mas não é possível antecipar se a ideia de oferecer uma
saída honrosa para o réu Renan prevalecerá na sessão marcada para as
14h. O caso Renan é o primeiro item da pauta. Os membros da Corte terão
de decidir se avalizam ou não a liminar expedida pelo ministro Marco
Aurélio Mello, para afastar Renan do comando do Senado, e, em
conseguência, do rol de substitutos eventuais do presidente da
República.
Qualquer
decisão que possa ser festejada por Renan será exposta nas manchetes
como uma extravagância, uma vez que já existe maioria formada no
plenário do Supremo a favor da tese segundo a qual um réu em ação penal
não pode permanecer em cargo que esteja na linha de sucessão do Planalto
—pela ordem: presidências da Câmara, do Senado e do próprio Supremo. O
veredicto só não foi proclamado porque o ministro Dias Toffoli pediu
vista do processo, levando-o à gaveta.
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