O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, conversaram, ontem, e decidiram que é mesmo necessário
aprovar rapidamente um programa de socorro a empresas endividadas.
Essa ajuda será incluída no pacote de medidas microeconômicas que
estava programado para ser divulgado ainda nesta semana – antes de o STF
ter decidido remover Renan Calheiros da presidência do Senado.
O programa de perdão de parte de dívidas tributárias e
previdenciárias será adotado em troca de o devedor retomar o pagamento
de parcelas mensais de seus débitos.
Apenas os chamados grandes devedores –cerca de 13 000 pessoas e empresas– têm dívidas que somam R$ 900 bilhões em impostos.
O novo Refis (programa de recuperação fiscal) é uma fórmula usada no
Brasil de maneira recorrente. Já houve 27 parcelamentos de dívidas com
desconto desde 2000.
Os líderes partidários na Câmara já assinaram, há 1 mês, um
requerimento para que o novo Refis possa tramitar em regime de urgência.
PERDÃO DE 90% DAS MULTAS
O projeto tem como relator o deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR). Propõe
parcelar as dívidas de empresas em até 240 prestações. Haverá corte de
90% das multas, juros e encargos. Poderão ser incluídas dívidas
contraídas até 30 de junho de 2016.
A Receita Federal se posiciona contra a adoção do Refis. Mas houve
uma forte pressão nos últimos dias por parte de empresários e setores
políticos que apoiam o governo de Michel Temer. Acham que é necessário
oferecer algum oxigênio para os negócios endividados.
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