sábado, 10 de dezembro de 2016

Alckmin delatado embola disputa tucana para 2018

Folha traz relatos de caixa 2 para campanhas do governador
A delação da Odebrecht que aponta caixa 2 para as campanhas de 2010 e 2014 do governador Geraldo Alckmin (SP) tem impacto sobre a disputa interna no PSDB pela candidatura presidencial do partido em 2018. Em resumo, dá uma embolada na guerra tucana para concorrer ao Palácio do Planalto.
Alckmin tem sido visto como nome mais forte do que o senador Aécio Neves e o ministro José Serra (Relações Exteriores) para obter essa indicação. Aécio e Serra já foram citados em delações da Lava Jato.
Hoje, reportagem da “Folha de S.Paulo” traz a informação de executivos da Odebrecht delataram entrega de recursos para pessoas próximas ao governador tucano nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014.
Essa informação é grave, porque Alckmin tem feito um discurso duro contra o PT, muito centrado na corrupção. O tema foi bandeira importante do prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr., que é um pupilo do governador.
As informações da Lava Jato sobre corrupção no PT e de caixa 2 para a campanha da então presidente Dilma Rousseff engrossaram o caldo político que levou ao impeachment. É óbvio que Alckmin tem todo o direito de se defender. Mas como ele, Serra e Aécio citados em delações, soa hipócrita o discurso moralista do PSDB. Não pode haver dois pesos e duas medidas na Lava Jato.

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