terça-feira, 16 de junho de 2015

O veto de Dilma

Por Maurílio Ferreira Lima*
Estamos em junho de 2015. A presidente Dilma tem 6 meses de mandato em 2015 e ainda todo o ano de 2016, 2017e 2018. Nem ela nem ninguém pode dizer quem será o presidente eleito em 2018.
A presidente Dilma não governa o País, apenas levando em conta o momento presente. Problemas que hoje foram provocados gerarão consequências não para ela, mas para os futuros governantes, sobretudo. Ela não tem o direito de pensar que as consequências do que foi provocado hoje não estourando no seu colo, não é problema dela. É problema do País e ela foi eleita para governar o Brasil e ninguém melhor do ela, que tem quase vinte anos de exercício do poder, com Lula durante oito anos e depois governando como eleita, porque aceitou e quis e ganhou uma eleição, sabe que governar um País com tanta desigualdade como o Brasil, não é tarefa que gera alegrias e apenas felicidades.
Esses problemas envelhecem, torna os cabelos brancos, aumenta as rugas do tempo no rosto, impede de ter amigos, elimina qualquer privacidade e constitui para muitos um milagre ver uma pessoa que enfrentou um câncer, aguentar o que a presidente Dilma aguenta hoje.
Inflação em alta, custo de vida para comer, vestir, morar e circular, esmagando as pessoas. O desemprego ameaça aumentar o número de desempregados, o endividamento geral liquida o consumo e só tem gente anunciando nas revistas, jornais, rádio e TV que nunca um governante foi tão mal avaliado.
Hoje, a presidente conta nos dedos de quem tem ainda apoio. Os presidentes da Câmara e do Senado comandam as dificuldades no Congresso Nacional e importantes lideranças procuram um meio de incrimina-la como corretas, comedora de toco e qualquer meio legal de apea-la do poder e coloca-la na cadeia.
Igual a um condomínio, aonde os condôminos elegem um síndico, que tem a responsabilidade de enfrentar e resolver os problemas, o Brasil não quer saber se a presidente Dilma, dorme ou não, mas que exerça suas responsabilidades. Governar não é correr atrás de palmas e aplausos.
Por tudo isto a presidente Dilma tem que vetar a, loucura feita por congressistas irresponsáveis que eliminaram o fator previdenciário, criado por FHC, para empurrar com a barriga o colapso da previdência social. Sem esse fator a previdência social que atinge cerca de 35 milhões de pessoas, com dependentes chegam a metade da população brasileira, quebra curto prazo.
Na linha de frente da busca do colapso, estão às chamadas centrais sindicais, CUT, Frente Sindical e outras menores que ameaçam invadir Brasília.
Para impedir o veto presidencial, o general responsável pela segurança presidencial deve solicitar a Polícia Militar de Brasília, o efetivo que for necessário, para garantir a ordem pública na esplanada ministerial. Proteger os prédios da Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Congresso e STF e deixar um grande efetivo do Exército brasileiro de prontidão para agir com todos os meios necessários se for preciso.
Como não estamos em Cuba, Coreia do Norte, China e países fundamentalistas Islâmicos, quem quiser venha manifestar com bandeira ou sem bandeira, grite, xingue a presidente, sua mãe e netos, mas o veto presidencial a loucura que ameaça o colapso do País, tem que ser anunciado antes de quarta-feira.
Depois será a batalha no Congresso para derrubar ou manter o veto. Mas isto é outra página. O problema urgente no momento é assinar e publicar o veto.
É isso que o Brasil espera da presidente Dilma.

* Ex-deputado federal

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