Da Folha de S.Paulo - Paulo Peixoto
Processo está pronto para julgamento há um ano, desde que o Supremo devolveu o caso para a primeira instância
Demora aumenta risco de impunidade de crimes associados à fracassada campanha de Azeredo em 1998
Um
ano depois de o Supremo Tribunal Federal determinar que o processo do
mensalão tucano contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) deveria
ser julgado na primeira instância da Justiça em Minas Gerais, nada foi
feito para concluir o caso, que se arrasta há quase uma década.
Além
de o julgamento não ter acontecido, desde 7 de janeiro a 9ª Vara
Criminal de Belo Horizonte, onde tramita a ação, está sem juiz, porque a
titular se aposentou.
O
processo de Azeredo chegou a Minas já totalmente instruído pelo Supremo
e pronto para ser julgado. Nenhuma audiência mais é necessária, basta o
julgamento. Quanto maior a demora, maior é o risco de que os crimes
apontados pela Procuradoria-Geral da República prescrevam e fiquem
impunes.
Segundo
o Ministério Público, o mensalão tucano foi um esquema de desvio de
dinheiro público do governo de Minas para a fracassada campanha do então
governador Azeredo à reeleição, em 1998. Azeredo, que depois se elegeu
senador e deputado e hoje está sem mandato, sempre negou as denúncias,
assim como os demais réus.
O
caso começou a ser investigado em 2005, quando foi descoberto em meio
ao escândalo do mensalão petista. A Procuradoria apresentou denúncia à
Justiça em 2007.
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