terça-feira, 8 de julho de 2014

Executivo suspeito de repassar a cambistas ingressos da Copa é solto

Raymond Whelan obteve um habeas corpus e deixou o 18ºDP.
Ele é CEO da Match Services, que detém direitos de venda de ingressos.

Do G1, em São Paulo
Ray Whelan chega na 18ª DP, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo) 
Ray Whelan chega na 18ª DP, na Praça da Bandeira (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)
O inglês Raymond Whelan, preso na tarde desta segunda-feira (7) por suspeita de fornecer ingressos num esquema internacional de venda ilegal na Copa, obteve um habeas corpus e foi solto na madrugada desta terça (8). O pedido foi feito por seus advogados por volta das 22h30. Whelan, principal executivo (CEO) da Match Services, empresa que detém direitos exclusivos sobre a venda de ingressos para a Fifa, estava preso no 18º DP (Praça da Bandeira), na Zona Norte do Rio de Janeiro, e deixou a delegacia por volta das 4h40.
A expectativa da Polícia Civil era que Whelan ficasse toda a madrugada na delegacia e, pela manhã, seria transferido para o presídio de Bangu. Ele foi preso no Copacabana Palace, na Zona Sul, por suspeita de ser um dos chefes de quadrilha internacional de cambistas que agia durante a Copa do Mundo no Brasil.
Com o inglês, a polícia encontrou 100 ingressos para os jogos. A prisão temporária de cinco dias, expedida pelo Juizado Especial do Torcedor, fazia parte da operação "Jules Rimet", que já havia prendido 11 pessoas, incluindo o argelino Mohamed Lamíne Fofana. 
De acordo com o delegado Fábio Barucke, que comanda a investigação, Raymond, também conhecido como Ray, era um "facilitador" para a quadrilha ter acesso a ingressos e teria sido flagrado em escutas telefônicas negociando ingressos com Fofana. Segundo a polícia, foram mais de 900 ligações.
Por volta das 17h40, o executivo chegou à 18ª DP, na Praça da Bandeira, responsável pelo inquérito. Ray seria enquadrado no Artigo 41 do Estatuto do Tocedor, por fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão. O passaporte dele foi apreendido.
Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer participação no esquema. Até as 20h, seus advogados não haviam decidido se ele vai prestar depoimento formal ou se iria falar apenas em juízo.

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