A contragosto, Barbosa proclama vitória dos réus
Só depois de ser cobrado pelos colegas Luiz Fux e
Carmen Lúcia, Joaquim Barbosa proclamou o resultado favorável aos réus;
enfim, ele admitiu os embargos infringentes; sessão foi encerrada às
18h22; gesto teatral da renúncia à toga, para se lançar à presidência,
não ocorreu; novos recursos beneficiam apenas réus que tiveram pelo
menos quatro votos favoráveis, como José Dirceu, Delúbio Soares, José
Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP); Barbosa teve nova derrota,
quando tentou limitar em 15 dias prazo para apresentação dos
infringentes
247 - A contragosto, o ministro Joaquim Barbosa,
presidente do Supremo Tribunal Federal, proclamou o resultado favorável
aos réus na questão dos embargos infringentes. Só o fez depois de ser
cobrado pelos ministros Luiz Fux e Carmen Lúcia.
Em seguida, colocou em votação um pedido do réu Pedro Correia, que
não teve embargo acolhido, uma vez que não teve quatro votos favoráveis.
Os infringentes só beneficiam aqueles réus, como José Dirceu, Delúbio
Soares, José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).
Barbosa pediu que recursos fossem apresentados em 15 dias, mas acabou
sendo derrotado novamente, por sete votos a quatro, num recurso
apresentado por Cristiano Paz.
247 - "Antes de proclamar o resultado, temos algumas
questões a resolver", disse um enigmático Joaquim Barbosa, depois do
fim do foto de Celso de Mello, que garantiu a aceitação dos embargos
infringentes, por seis votos a cinco.
Derrotado, Barbosa cometeu mais uma indelicadeza com o decano – a
quem impediu de votar na semana passada – e abriu 30 minutos de
intervalo.
Há, em Brasília, a expectativa de que ele surpreenda o plenário e a própria Nação na tarde desta quarta-feira.
Barbosa foi aconselhado por amigos a renunciar à toga, tendo assim
uma plataforma populista para se lançar à presidência da República,
vestido de justiceiro.
Será que a tarde desta quarta-feira ainda reserva um grande gesto teatral com a transformação de Joaquim Barbosa em BatBarbosa?
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