A pesquisa de intenção de votos divulgada nesta quinta-feira, 19,
pela Confederação Nacional da Indústria e o Ibope (CNI/Ibope) reforça a
dificuldade do pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, de se firmar como
uma terceira via no processo eleitoral, disse ao Broadcast, serviço de
informações em tempo real da Agência Estado, o analista político da
Tendências Consultoria Integrada Rafael Cortês.
Pelo
levantamento, as intenções de voto em Campos caíram 3 pontos
porcentuais, de 13% para 10%, oscilando fora da margem de erro da
pesquisa, que é de 2 pontos porcentuais para cima e para baixo.
De
acordo com Cortês, merece registro a aproximação do cenário de Campos
mostrado pela pesquisa CNI/Ibope com o cenário que o Datafolha já havia
registrado. Havia uma divergência importante entre as pesquisas dos dois
institutos. "Isso é fundamental porque aproxima a intenção de voto do
Ibope ao que o Datafolha já mostrava", disse Cortês.
Em
outras palavras, diz o especialista, a pesquisa CNI/Ibope ratifica a
dificuldade da candidatura de Campos em se firmar como uma terceira via
no processo eleitoral. "A força de Campos estaria em ele construir uma
imagem de candidato mais firme para um eventual segundo turno porque é
mais fácil sua candidatura receber apoio dos eleitores de Aécio (Aécio
Neves, do PSDB) do que o contrário acontecer", avalia Cortês. Isso
porque os eleitores do tucano estão mais próximos de Campos de que do
PT.
O contrário, no entanto, não ocorre,
segundo o analista, porque o eleitorado de Campos pode se dividir de
forma equilibrada entre Aécio Neves e o PT num eventual segundo turno, o
que facilitaria a candidatura de quem está na frente - no caso, a
presidente Dilma Rousseff. "Mas para que Campos se mostrasse mais forte
que Aécio para o segundo turno, ele precisaria construir uma imagem de
candidato que traria mudanças, mas que manteria as políticas sociais dos
últimos anos. Ou seja, ele estaria mais próximo do voto útil", disse
Cortês.
Dificuldades de Campos
Para
o analista da Tendências, o primeiro ponto que dificulta a viabilização
da candidatura de Eduardo Campos como uma terceira via forte no
processo eleitoral é a custosa entrada dele na corrida presidencial.
"Tanto Campos quanto seu partido, o PSB, nunca disputaram uma eleição
presidencial. E sustentar intenções de voto sem um histórico é muito
difícil. É muito custoso num cenário em que o eleitor só acompanha
política por vias eleitorais", disse Cortês.
Outro
ponto que pesa contra a decolagem da candidatura de Campos, segundo o
analista político, é a dificuldade de ele construir um discurso capaz de
convencer o eleitorado. "Ele tem dificuldade de fazer oposição a um
governo do qual pertenceu em 90% do tempo. Além disso, tem mais
facilidade em fazer oposição à pessoa da presidente Dilma do que ao PT.
Tem dificuldade de fazer oposição ao ex-presidente Lula", analisa o
especialista. Com isso, de acordo com Cortês, a pessoa que está
descontente com o governo do PT vê com mais clareza a candidatura de
Aécio como oposição ao governo Dilma, a Lula e ao PT.
Segundo
a pesquisa CNI/Ibope, a primeira feita depois da abertura da Copa do
Mundo, na quinta-feira, 12, no Itaquerão, em São Paulo, onde Dilma
Rousseff foi hostilizada pelos torcedores, a intenção de votos na
presidente subiu 1 ponto porcentual, de 38% para 39% e Aécio oscilou 1
ponto para baixo, de 22% para 21%.(Estadão)
O discurso deveria ser em cima das mudanças e das transformações.O governador passou a vida toda dizendo no palanque que o Lula e a Dilma eram os melhores e agora passa a dizer que não presta mais.
ResponderExcluirTrocou os amigos pelos inimigos, trocou o certo pelo duvidoso, trocou as bolas vermelhas pelas amarelas, taxou todo mundo de raposas quando pelo interior de Pernambuco deixou os fiéis do partido debandarem povoando as raposas de aplausos e mordomias.