Artigo de opinião:A Aliança, Ingratidão e Ódio

Começo esse artigo plagiando o presidente Lula, ‘nunca da história desse país se viu uma chapa que representasse tão bem dois grandes defeitos insuportáveis no ser humano: a ingratidão e o ódio’. A ingratidão fica por conta do Sr. Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que ao se eleger para esse cargo estava fadado a fazer, no máximo, um governo razoável, já que nosso estado não tinha como realizar grandes investimentos, pois seu “amigo” Jarbas Vasconcelos que outrora foi seu inimigo ferrenho (tanto dele como do seu avô Dr. Arraes) deixou o estado sem muita condição para investimos e tinha torrado todo o dinheiro da privatização da CELPE na duplicação da BR 232.

O presidente Lula sabedor dessa condição “adotou” Eduardo como filho e passou a fazer “chover” investimentos em Pernambuco (Refinaria da Petrobrás, Hemobrás, Transposição do São Francisco, Adutora do Agreste, Pernambuco como uma das sedes da Copa 2014 e etc.), mas infelizmente nada disso foi capaz de arrancar uma mísera gratidão desse senhor. Sua vaidade falou mais alto. Ele não teve força para suportar a força avassaladora dessa vaidade e atropelando tudo e a todos se lançou  candidato a presidente da República rompendo com 20 anos de aliança entre PT e PSB e com aquele que mais lhe ajudou a construir a popularidade que hoje desfruta junto aos pernambucanos, o seu “pai”, o presidente Lula. Na verdade, Lula “governou” Pernambuco, Eduardo foi e continua sendo um gerente de luxo, já que as maiores obras em nosso estado são tocadas com recurso do governo federal.

Ao romper com o campo das esquerdas, Eduardo passou a se aliar com o que temos de mais reacionário na política do nosso país. Seus amigos hoje são Jorge Bornhausen, Heráclito Fortes, Ronaldo Caiado, Otávio Frias, dono da Folha de São Paulo, jornal, que emprestou seus carros de reportagem aos agentes da repressão da ditadura e chamou essa mesma ditadura de ditabranda e que falsificou a ficha da presidente Dilma e banqueiros que só querem juros altos para sugarem a riquesa do Brasil. Como será que está o Dr. Arraes vendo tudo isso ei?  A história não tem reservado muitos júbilos para atitudes como essas, é só pegarmos alguns exemplos. O nosso maior ícone, Tiradentes, só teve aquele fim trágico por causa de um traidor. Frei Caneca idem e o maior homem que veio à Terra, Jesus, também foi vítima de traição, mas a história exaltou todos os traídos e relegou aos traidores apenas o rodapé das páginas da história.

Não satisfeito com sua atitude de ingratidão, Eduardo se aliou a Marina Silva que veio para compor a aliança Ingratidão e Ódio. Dona Marina é daquele tipo de político que guarda rancores no freezer. Desde que saiu do PT, passou a atacar seus ex-companheiros de luta, seu ódio maior é a presidenta Dilma, pois ambas travaram grandes batalhas quando eram ministras do Meio Ambiente e Casa Civil respectivamente. Marina defendia a não construção da usina Hidrelétrica de Belo Monte; já Dilma defendia essa construção para suprir a escassez de energia que o país tanto precisa para se desenvolver, e nessa e em outras “quebra de braço” Dilma saiu vitoriosa e isso deixou Marina revoltada a ponto de sair do governo do PT.

Mas Marina nunca esqueceu essas lutas e deseja como nunca a vingança contra a presidenta mesmo que para isso não medirá esforços e meios para atingir seu objetivo. Eduardo caiu como uma luva, já que a mesma não conseguiu regularizar seu partido político a Rede de Sustentabilidade e ambos formam de forma melancólica e vergonhosa uma aliança que não tem proposta para o Brasil e fingem ser uma terceira via quando na verdade querem mesmo descontruir tudo aquilo que foi realizado pelos governos trabalhista do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma e que com toda certeza os brasileiros não querem perder essas conquistas. Eles não são terceira via, porque não há terceira via com as presenças de figuras conservadoras e reacionárias como os Frias, os Marinhos e banqueiros que apoiam Eduardo e Marina Silva. Ambos não passam de Ingratidão e ódio e para não dizer que não sou ecologicamente correto os dois são figuras biodegradáveis. 
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado E Pós- graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE.