Da Folha de Pernambuco
Apesar de ter o apoio quase unânime dos prefeitos em Pernambuco, a
disputa presidencial de Eduardo Campos pode encontrar empecilhos em
virtude do acirramento do pleito estadual. No Estado, os prefeitos
estarão divididos entre o candidato de Eduardo e o senador Armando
Monteiro Neto (PTB), o que não impede que o socialista tenha o apoio dos
pernambucanos para o pleito presidencial. O PSB, atualmente, tem 59
prefeituras no Estado, enquanto o PTB possui 25, que juntando com as 13
do PT, formam 38. Mas o socialista ainda conta com o apoio de prefeitos
do PSDB e DEM.
Se forem levados em consideração os partidos que deverão apoiar o
candidato de Eduardo à sucessão estadual, o socialista terá palanques em
119 municípios pernambucanos. Isso porque, além das 38 prefeituras do
PTB e PT, cinco prefeitos do PP também poderão ficar na coligação de
Armando, que deverá pedir votos para a presidente Dilma Rousseff (PT).
Sem falar em outras 22 do PSDB, que na teoria deveriam dar sustentação à
candidatura de Aécio Neves (PSDB). No entanto, muitos prefeitos tucanos
já declararam publicamente que pedirão votos para Eduardo se ele for
candidato.
Em cidades consideradas estratégicas do Sertão, como Petrolina e
Serra Talhada, também haverá acirramento. Na primeira, o prefeito Julio
Lóssio (PMDB) faz oposição a Eduardo e deverá pedir votos para Dilma,
embora o PMDB em Pernambuco, com exceção de Lóssio, está na base de
Eduardo Campos. Em Serra Talhada, o prefeito petista Luciano Duque
também vai defender à reeleição de Dilma. Em Garanhuns, outro município
estratégico, situado no Agreste, o prefeito Izaías Régis defende a
eleição do senador Armando Monteiro. Com isso, tende a pedir votos para a
petista.
Na Região Metropolitana do Recife, o socialista também terá palanques
divididos. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB)
deverá pedir votos para Aécio Neves, assim como o deputado estadual
Daniel Coelho, que tem inserção na RMR.
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