terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Blecaute vira apagão com torcida por racionamento

247 - O corte de luz ocorrido ontem em dez estados brasileiros, provocado por uma sobrecarga no sistema, em razão do consumo excessivo decorrente do recorde de calor nas capitais brasileiras, reacendeu uma esperança na oposição e em seus braços nos meios de comunicação: a de que a presidente Dilma Rousseff, ex-ministra de Minas e Energia, decrete um racionamento, assim como fez o ex-presidente FHC, em 2000.
No Estado de S. Paulo e no Valor (joint-venture entre os grupos Folha e Globo), a estrela do dia é o consultor Mario Veiga, que aponta o risco "cada vez maior" de racionamento em 2015. No Globo, a manchete do dia também prevê novos apagões ao longo do ano, o que tem sido descartado pelo governo. Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não faltará energia, mas ela ficará mais cara, em razão do acionamento das térmicas, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estão vazios.
Para a oposição, um eventual racionamento seria uma vitória simbólica em relação a Dilma, uma vez que um de seus grandes trunfos, nas campanhas presidenciais de 2010 e 2014 foi o de ter evitado apagões como o de 2000, com o planejamento da expansão do setor elétrico, com obras como as usinas do Madeira, de Belo Monte e de Angra 3, além dos programas de energias renováveis.
Por enquanto, o que aconteceu no Brasil em 2015 foi apenas um blecaute, mas a torcida de setores da mídia por racionamento é evidente.

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