quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aposta no voto personificado derrubou Aécio em Minas

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

 Aécio Neves está um poço de mágoas com os eleitores mineiros. Perdeu para a presidente Dilma no Estado nos dois turnos. Ontem, tucanos estupefatos com o resultado no reduto eleitoral que Aécio governou por dois mandatos ainda tentavam entender o que houve e começaram a fazer o mea culpa sobre os motivos da derrota.
A turma elenca: excesso de confiança no voto personificado; PSDB não colocou a militância nas ruas; não investiu no Norte e Nordeste do Estado, bolsões ainda com baixo IDH e alvo do Bolsa-Família; e, principalmente, não tem o apoio dos prefeitos das principais cidades do interior: Uberlândia, Uberaba e Juiz de Fora.
MÁQUINA MUNICIPAL
Pesou a favor de Dilma o uso da máquina municipal. Prefeitos do PT e PMDB no Estado investiram pesado com nas propagandas nas ruas com apoio do comitê nacional. Outra militância a favor de Dilma: 30 dos atuais 53 deputados federais são governistas, entre eles campeões de votos petistas como Reginaldo Lopes e Gabriel Guimarães.
Aécio só venceu em Belo Horizonte e nas cidades do Sul. Em BH, puxaram votos para Dilma dois ícones do PT: Fernando Pimentel e Patrus Ananias, ex-prefeitos da capital. O PSDB reconhece que, pela baixa diferença de votos no resultado nacional, se Aécio vencesse em MG como apostavam nos prognósticos, ele seria eleito presidente.

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