247 – Em discurso durante sessão plenária da 6ª
cúpula do Brics, que reúne em Fortaleza (CE) mandatários de Rússia,
Índia, China e África do Sul, além do Brasil, a presidente Dilma
Rousseff afirmou que, com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do
bloco e o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, os países
Brics "ganham densidade e afirmam seu papel no cenário internacional".
No atual cenário, ressaltou Dilma, uma conjuntura de "grandes
oportunidades", os países do bloco "têm a obrigação de se manifestar, de
se fazer escutar, de atuar". Os membros do grupo "não podem ficar
alheios às grandes questões internacionais", acrescentou. A presidente
reforçou que "estamos não apenas entre as maiores economias do mundo,
mas também entre as que mais cresceram nos últimos anos".
"Somos responsáveis pela mitigação dos efeitos da crise financeira
global, e pelo sustentado crescimento da economia mundial", discursou,
lembrando que o "ativismo" do bloco, no entanto, não deve ser confundido
com o "exercício de poder hegemônico ou o desejo de dominação". Entre
os temas debatidos na cúpula, disse Dilma, houve o consenso na ideia de
que "apesar de uma diminuição no ritmo de seu crescimento, os países
emergentes continuam a ser a força motriz". Segundo a presidente, também
foi examinado "o processo de lenta recuperação econômica dos países
mais ricos, como os EUA, cuja economia registrou forte contração".
Dilma finalizou dizendo que o Arranjo de Reservas firmado na cúpula
atesta a maturidade da cooperação entre os países do bloco, ao
estabelecer fundo de US$ 100 bilhões q apoiará as economias. No
encontro, relatou a presidente, o Brasil propôs a criação de uma
plataforma conjunta do Brics para o desenvolvimento de metodologias para
indicadores sociais e anunciou que nesta quarta-feira haverá a primeira
reunião entre os países Brics e países da América do Sul.
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