O
PMDB festeja a ruína petista fazendo de conta que não percebeu o
tamanho da própria derrota. Perdeu a Prefeitura do Rio e caiu nos
últimos metros da corrida em São Paulo. Tinha 1.017 prefeituras, ganhou
outras onze, porém perdeu mais de 3,5 milhões de votos.
Michel
Temer convive com índices amargos de desemprego, de produção industrial
e de popularidade. Ele pode atribuir o desemprego e a contração da
indústria a uma herança maldita, mas não pode descarregar em Dilma
Rousseff a queda da aprovação de sua maneira de governar (31% em julho,
28% neste mês).
As
coisas vão mal e ninguém ganha se elas piorarem, mas a charanga do
Planalto acredita que o quadro pode mudar trabalhando-se a opinião
pública.
Trata-se
de uma fantasia de maus antecedentes. Na Disney de Brasília,
acredita-se que o presidente ganha prestígio viajando para o exterior.
Vai daí, na quinta-feira (13) o doutor Michel embarcará para a Índia e o
Japão.
Vale
lembrar que José Sarney também acreditou nesse xarope-viagem. Foi
quando Fernando Henrique Cardoso cometeu uma de suas frases mais ácidas:
"A crise viajou"
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