terça-feira, 29 de setembro de 2015

PSB à espera do canto da sereia




De Marisa Gibson, hoje na coluna do DIARIO POLÍTICO
No centro do palco - Às vésperas do encontro com Dilma e em meio às negociações com o PMDB para a reforma ministerial, colocada como uma questão de vida ou de morte para o governo, os governadores do PSB, Paulo Câmara (PE), Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB), que já ouviram todos os tipos de promessas por parte da presidente, estão preparados para escutar muito e se comprometer pouco.
Essa reunião foi agendada antes das bancadas do Senado e da Câmara terem se posicionado contra a CPMF e a votar a favor do impeachment, e é possível que Dilma queira apenas que o PSB  se mantenha como oposição independente, o que já seria um lucro. Ninguém no partido acredita que ela ofereça espaço no governo aos socialistas. Afinal, bancada do partido já é oposição na Câmara: só dois deputados votaram contra a derrubada dos vetos presidenciais na semana passada.
E dentro da percepção socialista de que o governo Dilma já acabou, é tarde demais para grandes comprometimentos. Um ministério sempre é um indicador de força política mas na atual circunstância é um fator complicador. Pode gerar mais desgaste que benefícios.
Agora, como o PSB ainda não bateu o martelo sobre a possibilidade de ser oposição pra valer, ainda há uma brecha para que o Planalto acene com mais promessas de ajuda financeira em troca da “independência” do PSB, que poderá voltar a subir no muro. De imediato, essa alternativa só favorece Dilma, mas deixará o PSB no centro do palco em 2016 e em 2018, sendo disputado pelo PT, PSDB e também pela Rede.
Isso, o PSB quer.

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