segunda-feira, 27 de julho de 2015

Procuradores transformam gravuras em obras de 'alto valor

247 – Reportagem publicada nesta segunda-feira 27 pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que a força-tarefa da Lava Jato identificou que executivos da Odebrecht presenteavam funcionários do alto escalão da Petrobras com quadros e pinturas de "alto valor". Entre os presenteados estariam os ex-presidentes da estatal José Sergio Gabrielli e Graça Foster.
Em nota enviada ao 247, a defesa de Rogério Araújo, alto executivo da empreiteira, que pediu afastamento do cargo depois de ter sido preso no âmbito da investigação, "esclarece que a relação de brindes trazida na denúncia não se refere a pinturas milionárias, como tem sido a opinião pública levada a entender, mas a reproduções das obras de arte dos artistas mencionados".
"Procuradores da Lava Jato passaram a alimentar a imprensa com dados colhidos nos 4 terabytes recolhidos nos computadores da Odebrecht. Há suspeitas de que estejam manipulando dados para influenciar a opinião pública", escreveu o jornalista Luís Nassif, em artigo sobre o assunto. "A reportagem não diz qual o 'alto valor' registrado. Segundo a Odebrecht, as tais obras de arte de alto valor são gravuras dos autores citados", acrescenta.
O jornalista destaca ainda que "há uma diferença essencial entre o quadro e as gravuras. Gravuras são imagens reproduzidas a partir de uma matriz. Seu valor depende da importância da gravura em si e do número de reproduções".
De acordo com ele, "no site Mercado Livre há várias gravuras de Volpi à venda, com preços que variam de R$ 480 a R$ 2 mil. Apenas aquelas com dedicatória tem preço elevado. Mas como Volpi morreu há anos, é improvável que tenha assinado as gravuras post morten".

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