sábado, 14 de março de 2015

Governo de Pernambuco cria a maior Unidade de Conservação estadual do NE

A partir de um decreto assinado pelo governador Paulo Câmara, neste sábado (14), durante a plenária do Todos por Pernambuco, o governo criou a maior Unidade de Conservação estadual do Nordeste. Com 110 mil hectares, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola compreende uma área nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. 

As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais com características naturais, legalmente instituídos pelo Poder Público com o objetivo de conservar a biodiversidade, os recursos naturais, o clima, o patrimônio genético e as paisagens.

"Essa unidade conservará amostras significativas da caatinga pernambucana e espécies raras e endêmicas como o tatu-bola. Elas reforçam a nossa política de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Queremos criar novas práticas, novas fomas de pensar o futuro do nosso Estado e o seu desenvolvimento dentro de um conceito sustentável, que olhe as regiões e suas peculiaridades. É uma área de preservação que fica como legado para as futuras gerações”, explicou Paulo Câmara, ressaltando que o espaço também será usado para estimular a pesquisa científica e promover a educação ambiental.

Com a criação do Refúgio Tatu-bola, Pernambuco passa a contar com 79 UCs.  Desse total, 40 são de proteção integral, onde o uso do ambiente natural é restrito a pesquisas e visitas educacionais e controladas. Outras 39 são de uso sustentável, onde são permitidas atividades socioeconômicas definidas pelo Plano de Manejo. 

Presente no seminário, José Alves Siqueira, professor da Univasf e diretor do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga, comemorou a ação e elogiou a "coragem" do governador. "Hoje é o dia de um sonho realizado. Isso tem um significado muito positivo para essa sustentabilidade que tanto se fala e pouco se faz. A gente vê uma mudança do discurso para a prática. A partir daí, com o conhecimento científico gerado na universidade, a gente consegue promover a recuperação das áreas degradadas e a formação de recursos humanos da universidade”, explicou o educador.


Nenhum comentário:

Postar um comentário