terça-feira, 23 de julho de 2013

TURISTA PAULISTA ATACADA POR TUBARÃO EM BOA VIAGEM, MORRE


O que seria um dia de lazer na vida da estudante paulista Bruna da Silva Gobbi, de 18 anos, acabou ser tornando um pesadelo. A jovem, que está de férias no Recife, foi atacada por um tubarão quando tomava banho, junto com uma prima, no mar de Boa Viagem, no Recife, na tarde desta segunda-feira (22). De acordo com o Corpo de Bombeiros, as primas estavam se afogando, mas quando os salva-vidas se aproximaram, o animal atacou. Bruna foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento e depois transferida para o Hospital da Restauração. A estudante passou por cirurgia e teve parte da perna esquerda amputada. Após entrar em coma, vítima foi transferida para UTI. A morte foi confirmada à noite, às 23h20.
Testemunhas disseram que as jovens estavam a mais de 20 metros da areia. O soldado bombeiro militar Abraão Tenório foi um dos que ajudaram no resgate das vítimas. “Avistamos as jovens se afogando e entramos no mar junto com o pessoal do jet ski. Quando chegamos perto percebemos o sangue. Conseguimos retirar as duas da água e notamos a perna de uma delas mordida”, detalhou.
De acordo com a equipe médica, Bruna teve três paradas cardiorrespiratórias e respirava com ajuda de aparelhos. “Ela perdeu muito sangue e a lesão foi extensa. Tivemos que realizar a amputação acima do joelho. Ela deu entrada na UTI em estado muito grave”, atestou a cirurgiã vascular Claudia Albuquerque.
Integrantes do Instituto Propesca acompanharam o caso e disseram que já enviaram um projeto ao Governo do Estado com o intuito de diminuir os ataques. “Nós propomos a colocação de uma tela rígida de Piedade até o Pina. Nessa rede teriam boias magnéticas que afastam os animais. O ataque foi próximo aos bombeiros e as placas”, afirmou Bruno Pantoja, coordenador do Propesca.
A coordenadora do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) afirma que as vitimas foram avisadas do perigo. “Eles (Propesca) querem colocar uma rede que iria matar os animais e isso não é a nossa proposta. Temos que conviver com essa realidade e existem 88 placas que indicam o perigo. Os bombeiros avisaram, mas elas não saíram da área e, 30 segundos depois o ataque aconteceu”, ressaltou.(FOLHAPE)

Nenhum comentário:

Postar um comentário