DO BLOG DE CHRISTINA LEMOS

O programa
oferece 10 mil vagas e prioridade para brasileiros. Como os estrangeiros
formam uma minoria de menos de 9% dos candidatos e há excedente de
candidatos entre os brasileiros, cai por terra um dos principais
argumentos dos oponentes à iniciativa do governo federal - que acaba de
passar no primeiro teste.
O Mais
Médicos também conquistou um aliado de peso nesta quarta: as Nações
Unidas. Em comunicado público, divulgado na página eletrônica da
instituição no Brasil, a ONU declara que “vê com entusiamo” o programa,
classifica como “corretas as medidas de levar médicos, em curto prazo,
para comunidades afastadas” e ainda apóia “a prática dos graduandos em
medicina, por dois anos no sistema público de saúde”, ressaltando que
ela “deve garantir, juntamente com o crescimento do sistema e outras
medidas, maior equidade no SUS.”
Era a
manifestação de apoio que o governo brasileiro e o ministro Alexandre
Padilha, da Saúde, precisavam, diante de uma corporação que reage de
forma quase irracional ante medidas que buscam acudir à chocante
realidade de falta de atendimento médico às populações mais carentes do
país.
É o governo
finalmente no exercício de seu papel: age, como pode, no socorro ao
cidadão. Como raras vezes, apresenta e banca financeiramente uma
resposta efetiva, eficiente e de curto prazo - em dois meses começam as
atividades - para a falta crônica de médicos nestas localidades, que
batizou de “vulneráveis” – adjetivo suave para a gravidade do quadro.
Os médicos
que não queiram se dedicar a este tipo de atendimento - essencial e até
humanitário - que permaneçam nas cidades grandes. Mas não impeçam
colegas que desejem exercer o livre direito de escolha – inclusive
profissional.
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