sexta-feira, 13 de abril de 2012

GAROTA QUE COMIA CARNE HUMANA NÃO É FILHA DO CASAL DE ASSASINOS


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Bruna Cristina e Isabel Cristina foram e Jorge Negromonte os acusados

A criança de apenas cinco anos, peça-chave no desfecho que resultou na localização dos corpos de duas mulheres em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, é o novo alvo das investigações da polícia que descobriu na tarde dessa quinta-feira (12), que a menina não é filha do casal.
Para chegar a essa linha de raciocínio, o delegado Wesley Fernando, que comanda as investigações, ouviu os acusados Jorge Negromonte, Isabel Cristina e Jéssica Camila e descobriu que a criança era usada como isca para atrair as vítimas. Em depoimento, eles informaram que ofereciam emprego de babá, justificando as vítimas que precisavam de alguém para cuidar da filha de apenas cinco anos. “Foi assim que aconteceu com Giselly Helena da Silva (desaparecida desde o dia 25 de fevereiro) e Alexandra da Silva Falcão, 20 anos (desaparecida desde o dia 12 de março de 2012)”, adiantou o delegado. A menina, que também era obrigada a comer a carne das vítimas, numa espécie de ritual macabro, também presenciava as mortes. “Isabel disse que cozinhava a carne e todos comiam, inclusive a criança. Ela – a criança – inclusive foi quem nos mostrou onde os corpos eram enterrados”, disse o delegado Wesley Fernando.
CAPÍTULO Depois que a polícia localizou um livro onde um dos acusados conta com detalhes como matou, esquartejou e enterrou as mulheres no quintal de casa, a polícia ganhou um novo dossiê. Nas 50 páginas do livro dividido em 34 capítulos, o delegado Wesley Fernando identificou a possibilidade de uma criança também estar enterrada no quintal dos acusados, já que o autor/assassino fala no livro sobre o assassinato de uma menina que teria sido enterrada num cômodo da casa, chamado de “Quarto do mal”. De posse dessas informações, o delegado começou uma nova investigação para identificar quem seria essa criança citada no livro e as buscas levam a crer que essa menina citada no folheto pode ser irmã da criança que eles usavam como isca. “Eles mataram uma e deixaram outra viva para poder atrair as vítimas. As meninas, possivelmente, seriam filhas de uma outra mulher desaparecida em Olinda/PE, que também pode ter sido vítima desse trio”, acredita o delegado.

IDENTIDADE Até o momento, a polícia trabalhava o caso apontando uma das acusadas como sendo “Jessica Camila Pereira da Silva”, mas após buscas na residência do trio, foram encontrados vários documentos, inclusive a identidade de Bruna Cristina Oliveira da Silva (nome verdadeiro da acusada que se passava por Jessica). Para a polícia, Jessica Camila  (desaparecida em Olinda) pode ter sido mais uma vítima dos assassinos e possivelmente mãe das duas crianças (a que estaria enterrada na casa e a outra de cinco anos que ajudou a polícia nesse caso). PRISÃO Após o depoimento dos três acusados na tarde desta quarta (11) na Delegacia de Garanhuns, eles serão indiciados por crime hediondo, ocultação de cadáver, uso de documento falso e estelionato – por terem usado cartões de crédito das vítimas. Bruna Cristina e Isabel Cristina foram levadas para a Colônia Penal de Buíque e Jorge Negromonte para a cadeia pública de Garanhuns.
pUBLICADO NO ne 10

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