Para
além do simbolismo da vitória, a eleição de João Doria dá a Geraldo
Alckmin condições práticas para que pavimente sua candidatura à
Presidência em 2018. Para cruzar as fronteiras paulistas, o tucano passa
a contar com as máquinas da prefeitura e do governo. O primeiro passo
será afastar a influência de Aécio Neves do comando do PSDB, em abril.
Depois, tem dois blefes para forçar sua escolha: pedir prévias e acenar
com a saída do partido caso as portas tucanas se fechem.
No
fundo, ninguém quer prévias presidenciais. Apesar do verniz democrático
que uma disputa interna projeta, a prática dilacera partidos, como
rachou o PSDB em SP. Algo assim pode ser fatal para a sigla em 2018.
Apesar
da glória contada em prosa e verso, o plano de Alckmin desanda se Doria
fracassar no cargo — o desastre da gestão Celso Pitta afundou o
padrinho Paulo Maluf politicamente. A sorte do governador é que um ano é
pouco para queimar o filme. (Painel – Folha de S.Paulo)
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