segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Capital e Estado na mão, Alckmin mina Aécio para 2018

Para além do simbolismo da vitória, a eleição de João Doria dá a Geraldo Alckmin condições práticas para que pavimente sua candidatura à Presidência em 2018. Para cruzar as fronteiras paulistas, o tucano passa a contar com as máquinas da prefeitura e do governo. O primeiro passo será afastar a influência de Aécio Neves do comando do PSDB, em abril. Depois, tem dois blefes para forçar sua escolha: pedir prévias e acenar com a saída do partido caso as portas tucanas se fechem.
No fundo, ninguém quer prévias presidenciais. Apesar do verniz democrático que uma disputa interna projeta, a prática dilacera partidos, como rachou o PSDB em SP. Algo assim pode ser fatal para a sigla em 2018.
Apesar da glória contada em prosa e verso, o plano de Alckmin desanda se Doria fracassar no cargo — o desastre da gestão Celso Pitta afundou o padrinho Paulo Maluf politicamente. A sorte do governador é que um ano é pouco para queimar o filme (Painel – Folha de S.Paulo)

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