quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Ambulatório e Associação de pacientes com doença de chagas completam 29 anos de assistência

O Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do Pronto Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape/UPE) e a Associação dos Portadores de Doenças de Chagas, Insuficiência Cardíaca e Miocardiopatia de Pernambuco (APDCIM), completam 29 anos de sua criação.
Para marcar a data, o Ambulatório e a Associação promovem, no dia 29/08, das 8h às 13h, uma ação de mobilização para arrecadar alimentos e doações para APDCIM, a primeira ONG no mundo dedicada aos pacientes chagásicos.
Durante a ação haverá uma unidade móvel onde serão oferecidos atendimento clínico e a realização de exames de sífilis, HIV, filariose e tracoma gratuitamente. O projeto de extensão "Procape Livre do Cigarro", também participará da atividade.
O evento acontece em frente a Casa de Chagas (ambulatório), que fica na Rua Álvares de Azevedo, 220 – Santo Amaro.
CONEXÕES MSF - promovido pelos Médicos sem Fronteiras, em sua terceira edição no Brasil, o encontro coincidiu com o aniversário do serviço de Chagas da UPE. Portanto, no dia 31 de agosto, às 14h30, no auditório Ênio Cantarelli do Procape/UPE, acontecerá um ciclo de palestras sobre doenças negligenciadas, dentre elas a doença de Chagas.

APDCIM - Criada em 1987, incentivada pelo ambulatório de Doenças de Chagas, que anteriormente funcionava no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da UPE (Huoc), atua como coadjuvante do Ambulatório realizando ações com a participação de voluntários.
            A missão da ONG é dar assistência tanto na parte psicológica quanto na pessoal. Há reuniões quinzenais, nas quais médicos cardiologistas, assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e nutricionistas esclarecem dúvidas dos pacientes e orientam como devem se comportar quanto ao tratamento.
         A Associação tem servido de estímulo à criação de outras associações análogas no Brasil (São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro), e, até, no exterior, em mais de 14 países dos cinco continentes. Em 2009, a Associação e o Ambulatório, com o apoio do Procape/UPE, promoveram um encontro de Associações, em Olinda, culminando com a criação da Federação Mundial de Pessoas Afetadas pela Enfermidade de Chagas (FINDECHAGAS).
         Quem quiser colaborar com doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, roupas novas ou usadas e medicamentos pode ligar para o telefone: (81) 3181-7211 / 3076-5746, falar com Maria José. Quem preferir pode, também, fazer doações em dinheiro, através de depósito bancário na seguinte conta: Banco Santander (033), agência 4020, conta corrente 13000013-2.
AMBULATÓRIO: Nascido no Huoc/UPE e transferido para um anexo ao Procape/UPE em 2010, quando passou a ser mais conhecido como Casa de Chagas, um dos fundadores e chefe do setor, Dr. Wilson de Oliveira Júnior, traduz a filosofia da equipe: “Procuramos dar atenção integral ao paciente, não apenas com ações de tratamento mas também com o enfoque biopsicossocial, dessa forma, sendo necessária uma equipe multidisciplinar”.
         Apesar de algumas dificuldades, o ambulatório de Chagas da UPE é referência no Estado e até no Nordeste, apresentando um quantitativo de 2800 pacientes cadastrados e uma média de 1800 consultas por mês.
DOENÇA - O mal de Chagas não é uma doença democrática, existe devido às condições precárias de moradia e, em sua maioria, atinge a população pobre. O perfil dos pacientes atendidos se caracteriza por adultos, entre 30 e 50 anos, com predominância do sexo feminino, procedência rural, baixo nível socioeconômico, com precária formação escolar e profissional, o que não descarta a possibilidade de ser acometida numa classe social mais elevada.
Dentro desse contexto, e sendo a doença de Chagas classificada como uma doença extremamente negligenciada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010, a Secretaria Estadual da Saúde lançou o programa estadual de enfretamento às doenças negligenciadas "Programa Sanar". O Sanar passou a conduzir, de forma pioneira dentro do Estado de Pernambuco,  todas as ações de assistência integral aos pacientes portadores de agravos negligenciados, tais como: Hanseníase, Tuberculose, Tracoma, Leishimaniose, Esquistossomose e Doença de Chagas.
A partir de então, o serviço da UPE em doença de Chagas, é reconhecido oficialmente como a Referência Clínica no Manejo Clínico de Pacientes com doença de Chagas do Estado de Pernambuco.

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