sábado, 8 de agosto de 2015

Dilma reconduz Janot



Tales Faria
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje  que a presidente Dilma Rousseff reconduzirá Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República por mais dois anos. Dilma recebeu Janot e Cardozo no Palácio da Alvorada. Para ser confirmado no cargo, o procurador-geral precisa ainda ter seu nome aprovado pelo Senado.
Cardozo disse que Dilma sempre teve uma “postura de respeito à autonomia do Ministério Público” e que, por isso, está indicando o nome que obteve maior aprovação pela categoria. Em eleição realizada na última quarta-feira, Janot conquistou 799 votos contra 462 do segundo colocado.
Assim que chegar no Senado, na segunda-feira, a indicação para recondução do procurador-geral, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende imprimir rito sumário à sua aprovação pelos senadores.
Renan tem sido apontado como um dos envolvidos na Operação Lava Jato, depois que um dos delatores, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto, afirmou que negociava propinas com “um representante do senador”, que seria o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). Renan nega que Aníbal o representasse. E diz que não teme nem impedirá a recondução de Janot. “A indicação é da presidente e não me envolverá pessoalmente. Não amesquinharei o cargo de presidente do Congresso”, afirma.
Segundo o presidente do Senado, tão logo Dilma envie o nome ao Congresso, o que ocorrerá na segunda-feira, ele o despachará para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), esta sim ficando encarrega de marcar a sabatina.
E Renan acrescenta: “Vou combinar com os líderes para apreciarmos em Plenário a aprovação do nome, no mesmo dia que sair da CCJ.”
O único que até agora tem falado publicamente contra Janot é o senador ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Na sua última manifestação na tribuna contra Janot, Collor xingou o procurador de “filho da puta”.

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