quinta-feira, 7 de maio de 2015

PF e CGU deflagram Operação Paradise para combater desvios em Araripina

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Paradise, em Araripina, no Sertão de Pernambuco. Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, além de 12 mandados de prisão temporária. De acordo com a PF, o objetivo da ação é conter uma associação criminosa na prefeitura do município. As investigações revelaram desvios de recursos públicos. As verbas, oriundas do Ministério da Educação, deveriam ter sido utilizadas para a construção de escolas, quadras poliesportivas e creches.
As investigações foram iniciadas em 2013 e revelaram um acordo entre os participantes para fraudar as licitações. De acordo com análise dos quadros societários das empresas licitantes e vencedoras, há empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos nos quadros societários. Também foi verificada a concessão de descontos padrões nas ofertas realizadas.
Segundo a PF, o nome da operação “é uma alusão a um condomínio fechado, denominado Paraíso, que um dos investigadores está construindo na cidade”.
Ainda segundo as investigações, após a licitação, com a assinatura do contrato, não é a empresa vencedora que executa a obra, mas empresas de parentes de um político do governo municipal, cujo nome não foi revelado, que executam as obras.
Além de Araripina, estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Juazeiro do Norte (CE), Assaré (CE) e Jaicós (PI). Ao todo, mais de 200 policiais federais e fiscais da Controladoria Geral da União, Regional Pernambuco, participam da operação. Os presos foram conduzidos para a delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, também no Sertão, a fim de serem interrogados em sede de inquérito policial.
Os presos serão indiciados de acordo com o seu grau de participação pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informática, falsidade ideológica, frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato, prevaricação, sonegação de contribuição previdenciária, uso de documento falso e corrupção passiva com penas que variam de 1 até 12 anos de reclusão, caso sejam condenados.

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