Blog do Camarotti
No
Palácio do Planalto ainda há surpresa que, mesmo depois dos documentos
que provam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha
conta na Suíça, ele consegue manter uma influência sobre mais de uma
centena de deputados.
Relatos
que chegam ao governo indicam que Cunha tem lembrado com frequência que
os recursos arrecadados por ele eram para ajudar nas campanhas dos
próprios deputados. Por isso, há um ambiente de medo e apreensão entre
os parlamentares desde o surgimento do dossiê feito pela Procuradoria da
Suíça.
Para
o governo, Cunha já perdeu as condições de comandar a Câmara dos
Deputados, mas deve influir na sua sucessão. Mais do que isso, corre o
risco de conseguir manter o seu mandato, já que muitos parlamentares
temem um caminho semelhante ao dele no Conselho de Ética.
"O Cunha tem potencial explosivo igual ao Roberto Jeferson em 2005. Ele pode se transformar num novo 'homem-bomba'", resumiu ao Blog um assessor palaciano.
De
todo jeito, no núcleo do governo, a avaliação é que é preciso ter uma
solução rápida para a substituição de Eduardo Cunha, até para que haja
mudança de pauta no Congresso Nacional. Hoje o goveno tem dificuldade de
colocar temas econômicos e do ajuste fiscal na ordem do dia.
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