sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Geddel fazia parte de uma verdadeira organização criminosa, diz MPF

Do UOL
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis de Geddel em Salvador
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis de Geddel em Salvador

Em seu pedido de busca e apreensão à 10ª Vara Federal de Brasília, o Ministério Público Federal afirma que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) fazia parte "de uma verdadeira organização criminosa".
A PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de Geddel, nesta sexta-feira (13), em Salvador. Agentes estiveram, de manhã, no edifício Pedra do Valle, no Jardim Apipema, e em uma casa, no bairro Interlagos. Eles já deixaram os imóveis.
Geddel, que foi ministro nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Michel Temer, é suspeito de participar de uma esquema de fraude na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para empresas entre 2011 e 2013, período em que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, em troca de "vantagens ilícitas".
"A fundamentação apresentada pela autoridade policial é bastante consistente, sendo os fatos narrados na representação indicativos de que os investigados Geddel Quadro Vieira Lima, Marcos Roberto Vasconcelos, José Henrique Marques da Cruz, e Marcos Antonio Molina dos Santos faziam parte de uma verdadeira organização criminosa", afirma no documento o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.
Em nota, a Caixa diz "que o banco está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com as investigações, procedimento que continuará sendo adotado pela Caixa".
O UOL ainda não conseguiu contato com os advogados de Geddel. Ele é suspeito dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Evaristo Sá-16.abr.2016/AFP
Celular de Cunha foi apreendido durante operação da PF em dezembro de 2015

Marcos Roberto Vasconcelos foi vice-presidente de Gestão de Ativos e Terceiros da Caixa. José Henrique Marques da Cruz é servidor de carreira da Caixa Econômica Federal. Marcos Antonio Molina dos Santos é fundador e principal executivo da Marfrig Alimentos. A reportagem está em busca de contatos com os investigados para que eles se pronunciem.
"Os elementos de prova colhidos até o presente momento apontam para a existência de uma organização criminosa integrada por empresários brasileiros e agentes públicos que, ocupando altos cargos na Caixa Econômica Federal e no Parlamento brasileiro, desviavam de forma reiterada recursos públicos a fim de beneficiarem a si mesmos, por meio do recebimento de vantagens ilícitas, e a empresas e empresários brasileiros, por meio da liberação de créditos e/ou investimentos autorizados pela Caixa Econômica Federal em favor desses particulares", afirma também o procurador.
As informações que basearam a operação foram encontradas em um celular encontrado na residência do ex-deputado Eduardo Cunha em dezembro de 2015,

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