quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Governo FHC também teve 'corrupção organizada'

247 - A controversa declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sobre o envolvimento do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no recebimento de propina de US$ 10 milhões quando era diretor da Petrobras em seu governo, foi criticada pelo colunista Josias de Souza, do UOL.
"FHC sabe que a corrupção no seu governo não foi ocasionada pela conduta imprópria de personagens obscuros", afirma Josias. Ele cita, "apenas para refrescar a memória do ex-presidente tucano", o escândalos de desvios de dinheiro na Sudam.
"Sob FHC, quem dava as cartas na Sudam era Jader Barbalho (PMDB-PA), hoje um aliado do petismo. No auge do escândalo, que terminou com a cassação do mandato do personagem, Jader contratou a consultoria Boucinhas & Campos para provar que seu patrimônio pessoal não era de R$ 30 milhões, como se noticiava. Tinha razão. A Receita Federal descobriria depois que essa cifra correspondia apenas à multa devida por Jader. O patrimônio era maior", afirma. 
O colunista lembra também que o atual governador do Mato Grosso, Pedro Taques, recém filiado ao PSDB, foi procurador da República na época da gestão tucana. "Ajudou a varejar a Sudam. Jader, por Barbalho, chegou a ser algemado e preso. Passou poucas horas na cadeia. Eram tempos pré-Sérgio Moro. Até por isso, a corrupção organizou-se", afirma. 
Como também mostrou reportagem do 247 nessa quarta-feira, 9, antes do caso Delcídio aparecer nas manchetes, o ex-diretor da Petrobras Pedro Barusco afirmou em delação premiada na operação Lava jato que começou a receber propinas em contratos da estatal em 1998, um ano antes do presidente Fernando Henrique ter editado a chamada "Lei do Petroleo", que permitiu que a Petrobras pudessem contratar empresas sem licitação (leia mais). 
Leia na íntegra o comentário de Josias de Souza.

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