247 – A jornalista Maria Clara R.M. do Prado, que foi assessora do ex-ministro Pedro Malan, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, publicou, nesta quinta-feira, um duro artigo sobre a gestão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à frente do PSDB.
"Melhor fariam os políticos honestos do Brasil – não se sabe quantos seriam, mas com certeza ainda existem alguns – se, ao invés de conspirarem em proveito próprio, passassem a trabalhar com a ideia de articular um grande pacto político em prol das reformas necessárias ao desenvolvimento do país, em especial a reforma política", diz ela no texto "O PSDB e o pacto político".
O destinatário é, nitidamente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, desde a derrota na última eleição presidencial, não tem feito outra coisa a não ser conspirar por um golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
"O senador Aécio Neves, que não se diz golpista, daria maior contribuição, honrando a tradição do nome, se começasse a substituir a palavra 'eleição' por 'pacto político' nas conversas com os parceiros, partidários ou não", diz Maria Clara. (Dias atrás, por meio do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), Aécio se disse pronto para disputar as eleições presidenciais antecipadas de 2015!!!)
Maria Clara também condenou que as pretensões atuais do PSDB atual sejam "tão imediatistas quanto simplórias" e condenou votações tucanas em questões como o fator previdenciário e a correção do FGTS, que estariam descaracterizando o partido.
Por fim, a colunista lamentou que, na época do Real, fosse "outra a cara do partido". Nos dias atuais, a tropa de choque aecista, composta por nomes como Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), só pensa em novas eleições – e não no País. "Os tucanos que preferem tocar fogo no circo ajudam o país a regredir e desdenham a estabilidade da moeda", afirma a colunista.
"O PSDB fez o Plano Real, mas não parece estar à altura do feito. Era outra a cara do partido, então. E era outra a visão do partido, tanto de conteúdo, quanto de alcance", diz ela. "Se não for o senador Aécio Neves, indicado nas urnas como líder natural da oposição, que seja outro a liderar o consenso com vistas ao novo pacto político no Brasil", afirma Maria Clara.
Seu artigo demonstra que, mesmo dentro do PSDB, Aécio passou a ser questionado por sua aposta cega no golpismo, colocando interesses pessoais imediatos acima dos interesses nacionais.
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