sexta-feira, 10 de julho de 2015

Advogados da OAS desmascaram jogo sujo da Lava Jato

Por Miguel do Rosário, do Cafezinho
O jogo sujo da Lava Jato está cada vez mais evidente.
Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já sabia.
A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores.
Leiam esse trecho de post do blog do Fausto (que a mídia, naturalmente, já escondeu):
"Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente", afirmam. "A ordem das informações no termo não corresponde àquela com que foram expostas na fala. Há constantes saltos para a complementação de informações anteriores. Essa superposição de informações ditas em momentos diferentes causa confusão e, além de distorcer o sentido original do relato, torna difícil a compreensão do conteúdo da fala do declarante."
Ainda segundo os advogados da OAS "houve frequente omissão de informações e detalhamentos importantes nas transcrições".

Citam como exemplo. "Diversos detalhes sobre os participantes dos consórcios narrados no começo das declarações não aparecem no termo. Muitas vezes a transcrição deturpa o sentido da fala: Exemplo: perguntado se houve direcionamento entre as empresas que participaram da licitação no Consórcio Interpar, Júlio Camargo responde 'que eu saiba não', mostrando convicção na negativa. No entanto, o termo que consta é 'desconhece se houve ou não direcionamento', que não permite perceber a convicção manifestada pelo depoente na fala."
Viram? Vou repetir uma frase, porque ela confirma uma série de especulações que fazemos há tempos:

Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente", afirmam
A acusação dos advogados chancela o que muitos outros indícios mostram: a Lava Jato está, no mínimo, inteiramente viciada pela obsessão política das autoridades que a compõem. Repare que falei "mínimo". Mas também reforça o que, para mim, já ficou claro: trata-se de mais um triste episódio desta era de conspirações midiatico-judiciais, onde a intenção não é apurar a verdade, mas tão somente extrair fatos que possam ser usados pela mídia para desgastar, de alguma maneira, o governo Dilma. Ou seja, não é uma investigação séria, é um dos tentáculos deste golpe insidioso, que visa derrubar uma presidente eleita pelo voto de 54 milhões de brasileiros.
O que é uma pena, porque sabemos que houve corrupção efetiva. Só que, ao invés de investigarem com profissionalismo e discrição, as autoridades da Lava Jato decidiram transformá-la num circo midiático, intoxicando-a com seus objetivos e preconceitos políticos.
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Aqui a íntegra da matéria.

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