terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Bancada da oposição critica qualidade da equipe de Paulo Câmara

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Por meio de nota divulgada hoje (16), a bancada de oposição na Assembleia Legislativa (basicamente o PTB e o PT), liderada pelo futuro ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), critica a qualidade da equipe de secretários anunciada na véspera pelo governador eleito Paulo Câmara (PSB).
De acordo com a nota, a equipe não “frustrou” apenas o senador eleito, Fernando Bezerra (PSB), do mesmo partido do governador, “mas, sobretudo, os eleitores que confiaram na promessa de renovação política”.
Veja a íntegra da nota;
1 – A indicação da equipe que formará o próximo governo de Pernambuco frustra não apenas lideranças expressivas da Frente Popular, a exemplo do senador eleito Fernando Bezerra Coelho, mas, sobretudo, os eleitores que confiaram na promessa de renovação da política, defendida pelo então candidato a governador;
2 – O que estamos vendo é uma aposta no continuísmo, numa mera redistribuição de peças do mesmo governo, ou seja, mais do mesmo;
3 – Em 2015, na verdade, não veremos o início de uma nova administração, mas o nono ano desse governo – com todos os riscos que isso pode representar, principalmente o da acomodação;
4 – Podemos constatar, ainda, estarrecidos, que, ao contrário do que apregoou o então candidato a governador sobre a necessidade de se valorizar os perfis técnicos, quase todos os integrantes da equipe foram escolhidos única e exclusivamente para acomodar os mais diversos interesses do ajuntamento de partidos que formam a Frente Popular. São escolhas para abrir espaços para suplentes de deputado ou partidos que poderiam dissentir da Frente na próxima eleição;
5 – Isso nos preocupa, principalmente, porque, a partir de janeiro, o governo terá que encarar um passivo de grandes proporções: déficit primário de mais de R$ 1 bilhão; obras paralisadas; empresas prestadoras de serviços sem receber do Estado há meses; recrudescimento da violência; falência do modelo de sistema prisional e precária prestação de serviços de saúde à população (faltam medicamentos, exames e vagas nos hospitais);
6 – Por fim, gostaríamos de registrar que, mesmo com esses sinais negativos observados nos critérios de escolha de sua equipe, esperamos ver o próximo governo trabalhando para assegurar que Pernambuco mantenha seu crescimento e possa se desenvolver. E que, acima de tudo, possa aproveitar as oportunidades que têm surgido desde que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, ainda em 2003, dedicar uma atenção especial ao nosso Estado – atenção que tem sido mantida pelo governo da presidenta Dilma Rousseff.

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